Caminhoneiros vão testar convicções de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro poderá ser testado novamente nos próximos dias quanto à firmeza de suas convicções. Nos seus quase 30 anos como deputado federal, foi sempre contra a reforma da previdência. Como presidente, diz estar arrependido do passado e agora defende a necessidade de mudanças no sistema. Como deputado, apoiou a longa greve de caminhoneiros que paralisou o país no ano passado. Os caminhoneiros ameaçam com nova greve a partir do dia 28. Bolsonaro vai apoiar?

A articulação dos caminhoneiros já começou. Eles estão sendo mobilizados, como ocorreu em 2018, sobretudo pelo Whatsapp. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República está realizando monitoramento com o objetivo de antecipar os fatos e evitar problemas.

Os caminhoneiros reivindicam o cumprimento dos compromissos assumidos pelo governo Michel Temer e que não estariam sendo cumpridos.

De acordo com o GSI, a princípio a greve não teria a mesma “força” que no ano passado, porém o governo teme que ocorra o fortalecimento. Por conta disso, no Palácio do Planalto a ordem é agilidade e efetividade para que a situação não saia do controle.

Presidentes de associações da categoria, Wallace Landim se reuniu na semana passada com o ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni, com o secretário executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, e com a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Landim disse que os ministros afirmaram que nos próximos dias o presidente Jair Bolsonaro (PSL) deverá se manifestar sobre os pedidos dos caminhoneiros.

Entre as reivindicações está o pagamento mínimo da tabela de frete. Segundo Landim, as empresas estão descumprindo o pagamento do valor mínimo e cobram que a ANTT fiscalize de forma mais ostensiva.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui