Se confirmado o anúncio da indicação do general Augusto Heleno como vice do presidenciável capitão Jair Bolsonaro, prevista para esta quarta (18), estará formado um “par perfeito”. Uma recente participação do Heleno num programa de entrevistas da Globo News fornece pistas mais do que suficientes para se entender a “cabeça” do general e o quanto ela é parecida com a de Bolsonaro.
Na entrevista, Heleno defende o direito da polícia e de militares em serviço atirarem e matarem indivíduos que estejam portando pesadas armas de fogo. Nestas condições, eles viram “alvo”. E, por uma questão de “segurança jurídica”, os agentes devem ficar isentos de responder à Justiça.
Heleno critica também o Judiciário que, segundo ele, precisa mudar algumas posturas, como a concessão da progressão da pena e a liberdade condicional – tudo isso hoje é “altamente questionável” e a sociedade está pedindo que isto seja revisto.
Para o general, a corrupção começa nas altas esferas da classe política, a começar pelo presidente da República. Diante disso, embora considere injustificável a corrupção nos meios policiais, acha difícil combatê-la porque o exemplo vem de cima.