Evangélicos de esquerda criam bancada alternativa

Lançada no mês passado por oito pessoas, em São Paulo, já está em ação a Bancada Evangélica Popular que defende políticas públicas contra a desigualdade social e pela paz. Esse grupo de evangélicos de esquerda busca impulsionar candidaturas progressistas e oferecer uma alternativa às pessoas que partilham da mesma fé, mas discordam das bandeiras conservadoras da Frente Parlamentar do Congresso,  conhecida como bancada evangélica. A criação do grupo é tema de reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

A religião, todavia, deve ficar de fora dos mandatos, uma vez que o movimento defende o Estado laico, segundo os fundadores. “Não tem nada a ver com essa ênfase da bancada evangélica de representar a igreja, mas sim de marcar posição, para que todo o Brasil saiba que a igreja evangélica não é esse grupo hegemônico e que nós estamos nessa mesma batalha do povo brasileiro pela democracia e justiça social”, diz o pastor Ariovaldo Ramos, coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito.

São bem-vindos os que se identificam com os princípios do manifesto do movimento, que é crítico a Jair Bolsonaro (sem partido), a quem Ariovaldo define como “neonazista ou pelo menos com inclinações neonazistas”. Ariovaldo é conhecido por ser aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e tentou criar o projeto nas eleições de 2018, mas não deu tempo.

A bancada começou a ganhar forma no início de 2020 e desde o lançamento tem somado adesões de pré-candidaturas de diferentes cidades, Estados e agremiações de esquerda. Ainda não há informações sobre a atuação da bancada no Paraná.

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