Auditores explicam demissão coletiva e acusam secretário de falta de educação

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná (Sindafep) acaba de divulgar nota sobre as razões da pedido coletivo de exoneração protocolado por mais de meia centena de auditores fiscais do Paraná que ocupavam postos-chaves na secretaria da Fazenda e Receita Estadual.

Entre outros motivos, os servidores acusam o secretário da Fazenda, Renê Garcia, de faltar com a educação no trato com os funcionários, além de ter contratado empresa privada para gerir sistemas que contêm dados sigilosos de contribuintes.

Veja o teor completo da nota:

Em relação aos fatos noticiados pela imprensa sobre o pedido de exoneração em massa de dezenas de Auditores Fiscais em cargos de direção na Receita Estadual do Paraná, o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná (Sindafep) presta os seguintes esclarecimentos:

1. É a primeira vez na história que mais de 75% dos ocupantes de cargo de direção na Receita Estadual do Paraná (54 Auditores Fiscais, ao todo) pedem, ao mesmo tempo, exoneração de seus cargos;

2. Todos os servidores que colocaram os seus cargos à disposição continuam desempenhando suas atividades com as costumeiras e reconhecidas responsabilidade e competência técnica, até que sejam designados seus substitutos;

3. Ao contrário do divulgado pela Secretaria da Fazenda, os cargos não foram entregues por força da alteração do Diretor Geral da Secretaria da Fazenda, ou mesmo do Diretor da Receita Estadual do Paraná;

4. O pedido de exoneração em massa decorreu dos seguintes motivos:

  • Não aceitar que o secretário da Fazenda denigra a imagem da Receita Estadual do Paraná, da SEFA e de seu corpo técnico perante outros órgãos e a sociedade, fato que costumeiramente vem se repetindo, nos últimos meses;
  • Não aceitar a frequente falta de educação e respeito do secretário da Fazenda em reuniões de trabalho, dentro e fora do órgão, com rotineiras situações de humilhação de servidores técnicos e gerenciais do órgão;
  • Não aceitar que o secretário trate e encaminhe de forma política assuntos de competência legal da Receita Estadual do Paraná sem consulta e participação de seu corpo técnico;

5. O Paraná é um Estado pacífico, civilizado e bem representado por seus servidores públicos. A convocação de força policial sob alegação de “garantir a continuidade dos trabalhos” é injustificável, absurda e sem sentido, uma vez que os próprios servidores é que pediram exoneração, configurando verdadeira agressão aos servidores da Receita Estadual do Paraná e da Sefa como um todo, corroborando o costumeiro e já conhecido comportamento de desrespeito do secretário às instituições e aos servidores paranaenses;

6. É sintomática e preocupante a decisão do secretário da Fazenda, no primeiro dia útil após ao pedido de entrega dos cargos, de retirar a gestão da Tecnologia da Informação da Receita Estadual, entregando a governança de dados estratégicos e sigilosos de contribuintes e cidadãos paranaenses para empresa terceirizada;

7. Haja vista os acontecimentos recentes, a categoria já se mobiliza mediante convocação dos representantes sindicais de todas as Delegacias Regionais da Receita Estadual do Paraná;

8. Destacamos que todos os Auditores Fiscais sempre defenderam a Receita Estadual do Paraná, honrando seu dever de servidores do Estado, buscando os recursos necessários à consecução das políticas públicas primordiais à sociedade paranaense.

Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita do Estado do Paraná | Sindafep

7 COMENTÁRIOS

  1. SIAF é a área de Despesa, Auditor Fiscal é da área Tributária, é preciso compreender um pouco da estrutura do Estado antes de emitir opinião… e Celepar, um dia, foi uma empresa decente. Hoje os coitados nem ferramenta de correio eletrônico decente consegue entregar…

    • Acho que vc não leu o que escrevi, citei o SIAF apenas para comprovar que os Auditores cheio de pose, comeu na mão de Mauro Ricardo e George e não se pronunciaram a respeito do que estava contratando e sabiam que não daria resultado, com está comprovado hj. Agora solicitaram que a CELEPAR (empresa não decente) foi contratada para solucionar o problema do novo SIAF e ainda elaborar Termo de Referencia para realizar nova licitação e recontratar o SIAF. A SEFA não tem competência para desenvolver o Termo de Referencia porque não conhece o negocio próprio e nem o SIAF antigo, que foi a CELEPAR que desenvolveu e manteve durante 35 anos, a Celepar sempre ajudou e ajuda, por simples questão de atuar somente para TIC do Estado. Se a SEFA tivesse competência teria dado resultado o novo SIAF, ainda que foi a CELEPAR que ajudou no antigo TR, mas a SEFA realizou várias alterações e deu no que deu. Ainda pediram para CELEPAR não atrapalhar e ficar quieto na reunião com o Governador a epoca. Leia o processo que contem pareceres da CELEPAR informando isso.

      A SEFA entende tando de SIAF que para desenvolver o novo, foi necessário contratar consultoria do Sr. Estonoga, de alguém aposentado da CELEPAR e a propia CELEPAR para definir a migração do Palno de Contas, a SEFA não participava com ninguem, apenas por falta de conhecimento.

      Entendo que a parte tributaria está indo pelo mesmo caminho e já está atrasado, também não vai dar resultado e cadê os Auditores, ficam calado e depois do estrago protestam. Agora trocaram DG e a pessoa da CELEPAR que nos ultimos 25 comandava a área de TIC dentro da SEFA, a SEFA indica pessoas sem a menor condição de enxergar o tamanho que é a área de TIC d Estado e realizar as integrações.

      Vc é um desvisado, a feramenta de correio foi desenvolvida pela CELEPAR, porque o Estado nunca quiz investir e contratar uma ferramenta de mercado, mas a SEFA tem culpa porque não repassa dinheiro para isso, mas tem dinheiro para investir em ferramenta da Oracle que já consumiu milhões e cade o resultado, porque são auditores que mantem a solução e utiliza para consumo proprio, sem repassar ao estado todo.

      A ferramnta de correio disponibilizada atende muito bem o Estado, porque a maioria dos servidores não necessitam de algo melhor ou maior. Nesse caso, se fosse disponibilizado recursos financeiros para aquisição de armazenamento, seria possivel aumentar o tamando das caixas postais e investir em novas tecnologias.

      Conheco muito bem a estutura do Estado e da SEFA, por isso escrevi sobre, mas parece que vc apenas está sendo corporativista.

  2. 6. É sintomática e preocupante a decisão do secretário da Fazenda, no primeiro dia útil após ao pedido de entrega dos cargos, de retirar a gestão da Tecnologia da Informação da Receita Estadual, entregando a governança de dados estratégicos e sigilosos de contribuintes e cidadãos paranaenses para empresa terceirizada;

    Isto não aconteceu agora, mas sim, na gestão do Mauro Ricardo/George que contratou empresa para desenvolver novo SIAF, que até hoje não funciona, e continuou na gestão na Gestão da Cida, pergunto onde estava os competentes auditores fiscais que participaram de reunião no Palácio junto ao governador Beto Richa e afirmaram que a contratação era necessária, porque a Celepar não conseguiria desenvolver no prazo desejado, sendo que a empresa terceirizada apresentou prazo de apenas 12 meses. A Celepar, a época afirmou que a empresa não conseguiria conclui-lo, porque o trabalho exigido para o desenvolvimento era de no mínimo de 24 a 36 meses. Agora depois de 36 meses ainda não concluíram seu desenvolvimento e implantação provocando um caos ao Estado.

    A Celepar informou sempre por escrito e em reunião que não deveria implantar o novo SIAF no inicio de 2018, porque não estava testado e nem concluído todas suas funcionalidades. Isto foi comprovado durante o ano de 2018 e na virada de 2019, mas não foi ouvida, e agora estão preocupado com empresa terceirizada. Na gestão da Cida foi tentado convencer que deveríamos volta a solução anterior e parar com o novo SIAF, mas o secretário não autorizou.

    Os competentes auditores deveriam ter impedido que o novo SIAF fosse liberado para uso na época, mas tinha um grupo que gerenciava o projeto que não tinha conhecimento do negocio SIAF e alimentavam ao DG com informações que ia funcionar, e que a Celepar estava lutando contra, porque foi impedida de desenvolver a solução. Tirem suas conclusões de quem estava com a razão.

  3. Na Copel ta igual, pessoal sendo tratado com total desrespeito, sendo tirados beneficios conquistados a duras penas. Retrato de um governador decadente que nomeou incompetentes.

  4. O item 6 não seria caso de representação ao ministério público? Se os auditores são tão compenetrados ao interesse público que ajam em consequência, senão fica só no chororô …

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