O empresário Jorge Atherino, amigo de Beto Richa e sócio da família do ex-governador em alguns empreendimentos, já escolheu advogado para conduzir a delação premiada com que pretende se livrar de condenações por seu envolvimento em vários esquemas de corrupção comandados de dentro do Palácio Iguaçu.
Preso preventivamente na sede da Polícia Federal em Curitiba em decorrência da Operação Integração II (que investiga propinagem no sistema de concessões rodoviárias), Atherino foi citado também em quase todos os outros casos de denunciados por outras operações, como a Quadro Negro, Rádio Patrulha e Integração I. Em todas elas foi apontado ora como arrecadador de valores ilícitos para financiar campanhas, ora para ajudar amigos ou, ainda, como sócio em investimentos imobiliários suspeitos da família Richa.
Com tudo isso e sabendo do risco de pesadas condenações sucessivas, resta-lhe o caminho de contar tudo o que sabe em troca de benefícios penais.
Para tanto sua alternativa é engrossar a fila de ex-amigos de Beto Richa, como foram os já conhecidos delatores Maurício Fanini e Nelson Leal Jr.
Depois de Atherino, o que fará Deonilson Roldo, o ex-chefe de Gabinete que articulava a fraude na licitação que daria à Odebrecht a concessão da PR-323, uma obra de R$ 7 bilhões?