Aras: Lava Jato de Curitiba é caixa de segredos com dados de 38 mil pessoas

Nesta terça-feira (28), em debate virtual com um grupo de advogados, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que o banco de dados da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, que é uma “caixa de segredos”,  tem 350 terabytes de informações e 38 mil pessoas com seus dados depositados lá. Ele fez uma comparação: todo o Ministério Público Federal (MPF), no seu sistema único, tem 40 terabytes.  “Ninguém sabe como foram escolhidos, quais os critérios, e não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos”, afirmou sobre os dados conservados na capital paranaense, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Aras disse ainda que os dados obtidos por promotores e procuradores não podem servir a “propósitos anti-republicanos” e que “não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos”.

Procuradores federais e a cúpula da PGR entraram em choque depois que Aras determinou diligência para o compartilhamento de informações da Lava Jato no Paraná, em São Paulo e no Rio. A PGR, através de dois subprocuradores, também propôs a criação da Unidade Nacional Anticorrupção (Unac) no MPF, o que centralizaria em Brasília o controle de operações e passaria a administração das bases de dados das forças-tarefa para uma secretaria ligada à Procuradoria.

Há dez meses no cargo, o procurador-geral garantiu que trabalha por um Ministério Público “uno e indivisível” e que a maior preocupação de sua gestão tem sido justamente reconduzir o órgão à sua unidade.

“Não permitir que haja um aparelhamento desta instituição, que importa em segregação de muitos membros que não concordam com esse modo de fazer política institucional que privilegia poucos, somente aqueles que fazem parte de um determinado grupo, e ignora direitos e garantias fundamentais fora e dentro da casa”, afirmou.

Durante o debate, reconheceu a relevância da Operação Lava Jato, mas insistiu sobre a necessidade de corrigir desvios e superar o chamado ‘lavajatismo’.“A hora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure, mas a correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção. Contrariamente a isso, o que nós temos aqui na casa é o pensamento de buscar fortalecer a investigação científica e, acima de tudo, visando respeitar direitos e garantias fundamentais”, disparou.

 

1 COMENTÁRIO

  1. O poder sobe. Na cabeça das pessoas
    Se duvidar, moro e dektan e Lima estavam num pique tipo, se eu falo criticas. A eles no jornal, colocam um profissional para me investigar, me vigiar etc, mesma coisa que faz o bolso vcs sabem quem

    Vide como reagem ao pedido de mostrar o q tem e como fizeram com o que tinham, passando por cima de quantas coisas e pessoas?

    O piá da polícia federal que o bolsonaro pediu a cabeça, por exemplo, ele fazia tudo que o moro mandava. Claro que o moro interferiu nas eleições, deixou o Lula fora da corrida, depois virou ministro e levou junto pra Brasília o piá da PF, justo o piá q ligou para o moro nas férias para avisar que tinha um alvará de soltura para o Lula.
    Onde já se viu, o moro não tinha competência, estava de férias e nem era da mesma empresa de o piá, e o piá foi ligar pra ele. Ops, isso é corrupção e não é nada outra coisa.
    Começou bonito, mas sabe como é o diabo né, ele ama a vaidade, dela, ah essa vaidade, dela nenhum de nós escapa

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