O senador Alvaro Dias está sendo injustiçado por aqueles que pensam ou falam que ele teria cometido uma traição ao preterir o irmão Osmar Dias, candidato ao governo estadual, para se juntar ao adversário Ratinho Jr. (PSD). Para quem conhece a história de Alvaro, ele deve ter encontrado razões nobres para tomar a atitude.
De fato, em 40 anos de exposição permanente como político, de vereador a deputado estadual e federal, governador do estado e a senador por quatro mandatos representando o Paraná, só se ouviu do agora presidenciável pelo Podemos defesa incansável, vigorosa e permanente da ética e da coerência com os princípios nos quais deposita sua fé.
Em nome da ética, por exemplo, é que mudou oito vezes de siglas – de uma delas até foi expulso por ter combatido comportamentos que considerava corruptos. Seguiu sempre a mesma trilha até o ano passado, quando ajudou a constituir o movimento Podemos que, um dia, ele afirma, se transformará em verdadeiro partido com o objetivo de restaurar os perdidos valores republicanos.
É de se pensar, pois, que o amor à ética o senador Alvaro Dias pratica na vida política antes, durante e depois das campanhas eleitorais. E que ética, por ser um valor absoluto, não se circunscreve apenas à política, mas também à vida cotidiana e às relações familiares – aliás, principalmente, reforçando, na convivência familiar.
Por isso, é impensável imaginar que o senador tenha faltado à ética ao não apoiar a candidatura de um irmão e preferir a neutralidade em relação à política da província. Claro, em nome desta neutralidade, acabou faltando uma palavra de incentivo ao direito de Osmar Dias pretender alcançar o governo do estado, sabendo-o mais preparado – inclusive eticamente – que outros candidatos para enfrentar e vencer os grandes desafios do Paraná.
Alvaro traçou uma estratégia política aceitável, compreensível. Como candidato a presidente – e tem todas as condições morais, políticas e experiência administrativa para merecer o mais alto cargo do país -, tem todo o direito de buscar os votos da maioria dos eleitores do seu estado. Pensando assim, acreditou que, mantendo-se neutro ou distante das disputas regionais, seria estrategicamente mais confortável e seguro alcançar este objetivo.
Entretanto, seu último passo, o de fazer aliança nacional com um partido, o PSC, que é da base de apoio de Ratinho Jr., adversário do irmão na disputa pelo governo estadual, e ao não permitir que o Podemos integre a aliança partidária de apoio a Osmar Dias, Alvaro acabou por sinalizar que a ética é um valor relativo. Pode valer no campo político e, como discurso, ajudar na conquista de votos.
Mas é estranho. A neutralidade deveria ser recíproca. Dos candidatos com relação a ele e dele com relação aos candidatos. Quando opta por um deles, quebra o compromisso que ele próprio propôs. Ao mesmo tempo, libera o irmão Osmar a tomar o caminho que agora quiser. Tudo muito estranho.
“só se ouviu do agora presidenciável pelo Podemos defesa incansável, vigorosa e permanente da ética e da coerência com os princípios nos quais deposita sua fé.”
Finalmente o ContraPonto assumiu. Melhor assim. Chega de tentar vender o senador submarino como algo diferente. Melhor apresentá-lo como um politico diferente de todos os que o Paraná gerou.
Com a mesma receita e o mesmo forno o ContraPonto acha que o biscoito agora é fino .
O texto caberia bem num panfleto para a campanha, mas como peça jornalistica parece uma peneira dado a quantidade de buracos no argumento.
O que é “preferir a neutralidade em relação à política da província. ” ? Na prática significou não dar um pio sobre as falcatruas do richa , dos sarneys do Pr aka. familia barros querendo com isso parecer aquilo que o ContraPonto tão vigorosamente defende que é um politico ético e moderno.
Chamar de ético quem ia ser parceiro do Serra numa chapa é dificil. Mais ainda quem tabelava com o Carlinhos Cachoeira vazando material para a abril fazer o jornalismo de esgoto e de guerra que a levaram à falencia tambem é um esforço digno de assessor de imprensa.
E mudar tanto de partido não é ético, é oportunismo politico pois o campo ideologico de direita anti-democraticas sempre foi o mesmo.
E sobre as “competencias” que o ContraPonto enxerga neste cara , sugiro combinar com o eleitor do PR que apos 86 , NUNCA mais lhe deu um mandato executivo.
Nunca em momento nenhum o senador submarino mostrou esta capacidade de aglutinar em torno de si o que tem de melhor, sempre como uma lâmpada d brilho opaco , só atrai mesmo as pequenas mariposas.
O nome disso, primeiro eu depois vc, fincou a adaga no irmão, é traição, infelizmente politica é arte de trair, não consegue fazer todos os votos do parana, mesmo assim não vai pontuar, não chega a 10%, esta fora do contexto da politica nacional, e o vice pode ser bom economista, mas politicamente não agregou nada, os dois saíram perdendo, que pena,. lamentavelmente perdemos todos.