(por Ruth Bolognese) – Esta nota que se segue não está 16 anos atrasada. Nem você acessou um blog do passado. Há uma década e meia, “blog” era um bom nome pra brinquedinho de fazer bola de sabão e não um caldeirão fervilhante de notícias como esse Contraponto.
Então, eis que o ex-senador Osmar Dias se encontra na mesma *wibe que já enfrentou duas ou três vezes na carreira política: o elegante irmão Alvaro o chama para o Podemos, partido ao qual se filiou (ou quase criou) há pouco e pelo qual pretende sair candidato a Presidência. Sonho antigo, desde os tempos de locutor de rádio em Londrina. Século passado.
E Osmar hesita porque, do outro lado, o também elegante (e Coitadinho) Beto Richa envia mensagens para que ele se filie no PSB. Esse partido reúne o pessoal que conseguiu se desvencilhar psicologicamente de Roberto Requião – deputados Alexandre Khuri, Romanelli etc, etc – e agora é Beto’s dependentes.
Se for para o Podemos, o Urtigão III terá o apoio do irmão, mas fica sem Beto e seus Dependentes. Se for com Beto, fica sem Alvaro e sem os atacantes Romário e Marcelinho Carioca e o bruxo, ex-preso por tentativa de extorsão, Chick Jeitoso.
E Osmar Dias ainda tem que cuidar das cordas vocais, que operou recentemente, e espantar os pombos que insistem em fazer piquenique ao redor da piscina da casa dele no balneário de Matinhos.
Quatrocentos anos de jornalismo e a Ruth ainda não aprendeu a escrever o sobrenome do neto do ex-buda da Alep.
É isso que “podemos” chamar de renovação de fato na política. E ainda tem gente acreditando nos poderes milagrosos da justiça e da polícia federal. Tem quem use até decalque nos carros em sinal de apoio, vejam só.