A enfraquecida bancada de Cascavel

Quinto município mais populoso do estado, Cascavel sempre foi reconhecido pela força da sua bancada na Assembleia Legislativa. Atuando em uma espécie de bloco informal que frequentemente unia deputados de governo e oposição na defesa de interesses paroquiais, a chamada bancada de Cascavel era uma das mais organizadas na Alep. Nas eleições de 2014 a cidade elegeu cinco representantes: Adelino Ribeiro, Paranhos, André Bueno, Márcio Pacheco e Professor Lemos.

Para 2019, no entanto, apenas três cascavelenses puros estarão na Alep. André Bueno e Adelino Ribeiro não conseguiram se reeleger. Bueno, apesar do peso político da família e do grande espaço obtido no governo de Beto Richa, foi o sétimo mais votado da cidade, com cerca de sete mil votos. Adelino teve uma votação melhor, de 16 mil votos, a terceira maior da cidade. O desempenho no restante da sua base, porém, não conseguiu lhe garantir votos suficientes para um novo mandato. Paranhos, eleito prefeito da cidade em 2016, apoiou a candidatura do presidente da Câmara Municipal da cidade, Gugu Bueno (PR), que não se elegeu.

Os dois cascavelenses que conseguirem a reeleição foram Márcio Pacheco (PPL) e Professor Lemos (PT). Pacheco foi o campeão de votos na cidade, com 24 mil votos. Lemos fez uma votação razoável, de 9,5 mil votos, mas sua força junto aos professores, espalhados por todo o Paraná, foi suficiente para elegê-lo com tranquilidade. Os dois irão se somar a Coronel Lee, ex-comandante da PM no município. Segundo mais votado na cidade, Lee fez 20 mil votos.

Para quem acompanha a política local, a cidade que sempre votou em peso nos seus, dessa vez, deu preciosos votos a candidatos forasteiro, caso do linha-dura Fernando Francischini (PSL) e dos religiosos Evandro Araújo (PSC), Alexandre Amaro (PRB) e Gilson de Souza (PSC) .

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