Itaipu: chuva abundante produz mais energia e espetáculo

Em um ano de cenário hidrológico desfavorável em boa parte do País, a usina de Itaipu voltou a bater recorde de geração. A binacional registrou o melhor outubro em 34 anos e meio desde o início de sua operação. O desempenho excepcional da geração se deve à grande quantidade de chuva registrada na área do reservatório (mais de 300 milímetros no mês, bem acima da média histórica), aliado à boa coordenação operativa da área técnica, que trabalha em sinergia para garantir uma produção eficiente e sustentável.

No mês passado, a Itaipu contribuiu com 8.782.585 megawatts-hora (MWh) para o sistema elétrico do Brasil e do Paraguai. E, com sobra de água, a usina voltará a verter neste domingo. Será o segundo vertimento em uma semana. O último ocorreu no sábado, 27, véspera de eleição presidencial no Brasil, em decorrência de restrições operativas para o período.

Bons indíces

A performance da usina em outubro e no acumulado de 2018 tem sido bastante satisfatória. Quatro indicadores técnicos dão uma boa noção desse panorama. As unidades geradoras estiveram disponíveis para geração em 98,31% do mês e 97% do ano. Já a indisponibilidade forçada dessas máquinas, índice que mede suas falhas intempestivas, foi de apenas 0,06% no mês e de 0,09% no ano.

O FCO, índice que mede o percentual de água que passou pela usina e efetivamente virou energia, ou seja MWh, foi de 99,6% no mês e até o momento, tem sido de 99,1% no ano.

Outro dado importante é o índice ISIN, um indicador que faz uma composição de mais de 15 referências, cujo objetivo final, é o medir a qualidade com que a usina está atendendo os Sistemas Interligados Nacionais brasileiro e paraguaio. Em outubro, conforme gráfico anexo, o ISIN ficou sistematicamente acima dos 75%, considerado um excelente patamar.

Segundo o diretor técnico executivo de Itaipu, Mauro Corbelini, a expectativa é fechar 2018 com uma produção excepcional. “É possível que coloquemos a geração deste ano entre as cinco melhores da nossa história, excluindo o ano de 2008 desse ranking de excelência”.

E conclui: “Se isso acontecer, confirmaremos o processo contínuo de melhoria da eficiência operacional da área técnica da usina, uma vez que todos esses cinco anos são recentes: 2016, 2013, 2012, 2017 e, quem sabe, com 2018, nesse seleto grupo”.

Vertimento

Desde a noite deste sábado (3) e neste domingo devem passar pelo vertedouro cerca de 2 mil metros cúbicos de água por segundo. O vertedouro tem três calhas: a esquerda, a central e a direita, por onde deve ocorrer o escoamento, num total de 14 comportas.

O reservatório de Itaipu, com 170 quilômetros de extensão e área total de 1.350 quilômetros quadrados, pode armazenar 29 bilhões de metros cúbicos de água.

O vertedouro, por onde é escoada a água não utilizada para a produção de energia, tem capacidade máxima de descarga de 62,2 mil metros cúbicos por segundo, superior à maior cheia já registrada no Rio Paraná, em 1992, quando a vazão atingiu 49 mil metros cúbicos por segundo

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