Símbolo da luta contra a covid-19, o médico Jamal Munir Bark, o doutor Jamal, vai voltar ao trabalho na próxima semana. Ele vai atuar no Complexo Regulador da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), que define o tipo de assistência em leitos e ambulâncias.
Recuperado, Jamal não representa risco de contágio às outras pessoas e vai trabalhar com todos os equipamentos de proteção, conforme a praxe médica de atendimento.
Antes de se recuperar da doença, Jamal atendia aos pacientes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boqueirão, de onde foi afastado em 19 de março devido à contaminação pelo coronavírus.
O médico de 59 anos apresentou o quadro mais grave da doença. Duas horas após ser internado no Hospital Marcelino Champagnat, ele foi levado para a unidade de terapia intensiva (UTI), onde ficou intubado por 26 dias. O internamento durou cerca de dois meses e, até hoje, Dr. Jamal se submete a sessões de fisioterapia.
Antes da “live”, Dr. Jamal deu detalhes sobre o período em que esteve doente. “Foi assustadora a evolução desta doença”, conta o médico.
Passada a alta, Dr. Jamal não sentia o cheiro ou gosto da comida e era incapaz de andar e de se alimentar sozinho. “Depois disso o valor que você passa a dar em segurar o próprio garfo, caminhar, sentir o paladar e o olfato, isso tudo mexe com você”, relata.
Para o médico, ainda falta consciência por parte da população sobre a gravidade da covid-19. “Acho incrível que as pessoas não se deram conta da gravidade. Quando passo de carro vejo pessoas se aglomerando, sem máscara”, disse Dr. Jamal.
Ele acredita que só o distanciamento social, o uso de máscara e a higiene correta das mãos podem barrar a doença. “São as orientações que a Secretaria Municipal da Saúde passa, o que está na mídia”, reforça o médico.
Entubado 26 dias em 2 meses de internação: tinha plano de saúde e o Marcelino fez o que de costume.
Alguém já se perguntou o porquê que as pessoas com plano de saúde ficam tantos dias na uti cuja diária é a mais cara de Curitiba? Realizando inúmeros exames e procedimentos até esgotar todos os setores do complexo de pessoas jurídicas inseridas na mesma estrutura (hierarquizada e organizada e com ótimos psicólogos na triagem da boa-fé). Uma hora isso vem a tona.