Uma ponte para o passado

A prefeitura, o Ippuc e os órgãos do patrimônio histórico negaram qualquer intenção de remover a Ponte Preta, mas o arquiteto Key Imaguire, que denunciou a existência de supostos estudos para executar o plano (leia aqui) reforça: “Eu sou desse ambiente do patrimônio cultural e a gente sempre sabe de tudo. Essa informação chegou até mim há alguns dias e a notícia é a de que o projeto corre em segredo no ambiente da prefeitura.”

O “problema” que preocupa os idealizadores da remoção da Ponte – construída na década de 1940 e já tombada pelo Patrimônio Histórico – é a frequência com que caminhões e ônibus se enroscam sob a estrutura, apesar das placas que avisam sobre a altura máxima permitida aos veículos pesados que transitam pela rua João Negrão.

Não é a primeira vez que se pensa nesse despropósito. Há alguns anos o Ippuc estudou alternativas. Propôs duas: elevar a ponte e rebaixar o asfalto.

Imaguire tem solução mais simples: a proibição do tráfego naquele trecho da João Negrão de ônibus e caminhões mais altos do que o vão. É a melhor forma de preservar o passado histórico de toda a região do bairro Rebouças, já muito desfigurado pela destruição de imóveis que representaram o início da industrialização de Curitiba. Ou pela construção de monstrengos arquitetônicos como o templo da igreja Universal situado a duas quadras da Ponte Preta.

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