Entre as 57 empesas públicas que o governo Temer pretende privatizar até o fim do ano que vem encontra-se o Porto de Paranaguá – um bem federal delegado por convênio à administração do governo estadual.
A privatização abrangerá apenas o Corredor de Exportações, isto é, a parte mais operacional do Porto que atende principalmente exportadores “avulsos”, isto é, aqueles que não possuem terminais próprios. Gigantes como as multinacionais Bunge e a Cargill, o TCP (contêineres) e a Catllini (combustíveis), além de grandes cooperativas paranaenses, possuem seus próprios terminais.
Com isso, ficarão desprotegidos do papel regulador e complementar do estado exatamente os que não têm poder de fogo para concorrer com os grandes já estabelecidos – e que, com certeza, serão os principais interessados em comprar a parte estatal que será colocada à venda. Os pequenos terão de submeter à regras do possível cartel que se formará.
O que pensa o governo Beto Richa sobre isto?
O que dá nojo mesmo é ver esse negócio das privatizações conduzido por essa quadrilha ser tratado como coisa normal pela grande imprensa. Por melhores que fossem as intençoes por trás disso, ainda assim deveriam ser rejeitadas simplesmente pela falta de moral desse grupo para propor qualquer mudança agora.