Parlamentares do PMDB e do PSDB foram os que mais conseguiram que o governo liberasse emendas orçamentárias para suas iniciativas durante o mês de setembro, quando o governo reabriu o caixa para desestimular os deputados a votarem a favor da abertura de inquérito contra Temer no STF por organização criminosa e obstrução à justiça.
Dos R$ 801,3 milhões liberados em setembro, o PMDB foi o mais beneficiado com R$ 30,9 milhões. Já o PSDB, que já chegou a ameaçar sair da base do governo, está logo atrás com R$ 23,3 milhões em emendas liberadas neste mês, segundo levantamento da ong Contas Abertas.
Em seguida está o PP, também da base aliada do governo, que recebeu R$ 17,3 milhões em verbas. No topo da nova onda de “generosidade” do governo federal para com o Congresso Nacional ainda estão o PR e o PSD, para os quais foram liberados R$ 17,1 milhões e R$ 12,5 milhões, respectivamente.
Até o dia 25 de setembro o governo já empenhou R$ 801,3 milhões. Na comparação com os demais meses do ano, é o terceiro maior valor, só ficando aquém de junho e julho, quando tramitou na Câmara a primeira denúncia contra o peemedebista. Na ocasião, foram empenhados R$ 2 bilhões e R$ 2,2 bilhões, respectivamente.