O presidente Michel Temer já sabe que não vai conseguir aprovar a reforma da previdência, mas transfere para o Congresso o fracasso da proposta, principal pilar de sua agenda de ajuste fiscal. Em encontro com líderes da Câmara, Temer disse que a responsabilidade pela reforma deve ser compartilhada com o Congresso: “[Se] o Parlamento, que ecoa as vozes da sociedade, também não quiser aprová-la, paciência.”
“Não é uma derrota eventual ou a não votação que inviabiliza o governo, porque o governo já se fez, já foi feito e continuará a ser feito.”
Em conversas com aliados no fim de semana, o presidente constatou que o debate sobre as novas regras de aposentadoria chegou a uma encruzilhada: a pouco mais de um mês do fim do ano legislativo, o Planalto não conseguiu os 308 votos necessários na Câmara para aprovar a medida e considera que o assunto ficará interditado com as pressões eleitorais de 2018.