Durante a Product Lab Final Pitch, que o BRDE promoveu por meio de seu canal oficial no Youtube e na qual dez startups selecionadas pelo programa apresentaram suas soluções já desenvolvidas para parceiros, clientes e fundos de investimento, o diretor de Operações do banco, Wilson Bley Lipski, destacou que “o BRDE é o banco da agricultura paranaense e isso que nos motivou efetivamente a unir as startups, que têm as ideias, à necessidade dos agricultores, apresentadas pelas cooperativas”.
Já o vice-governador do Paraná, Darci Piana, apontou que “nós temos um compromisso público de transformar o nosso Estado no mais digital do País. E estamos fazendo um esforço grande para fazer essa digitalização em todo o Estado, em todos os segmentos”.
O Programa BRDE Labs no Paraná foi realizado em parceria com a Hotmilk, aceleradora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com o apoio de cooperativas agroindustriais paranaenses, clientes do BRDE. Para a etapa Product Lab foram 179 as startups inscritas.
O evento on-line foi apresentado pelo head de Inovação da Hotmilk, Marcelo Finger, e começou com a explanação de autoridades e parceiros sobre a importância do programa, que teve como principal objetivo fomentar inovação e empreendedorismo no Estado.
Avanços – O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, falou da necessidade de se investir em inovação para avanços. “Queremos uma agricultura menos penosa, mais eficiente e poupadora de recursos. A gente precisa entregar mais e gerar mais resultados. Por isso, veio em muito boa hora essa visão estratégica, da BRDE junto com a PUC-PR, lançando esse desafio para as nossas empresas nascentes”, enfatiza.
Para o reitor da PUC-PR, Waldomiro Gremski, a ciência produzida na universidade deve ter um reflexo na sociedade e em seus diferentes segmentos. “Nós sempre defendemos que a universidade tem o papel de desenvolver o País de uma maneira sustentável.”
As 10 melhores avaliadas:
Manfing: seu objetivo é conhecer o padrão de consumo dos clientes das empresas para que elas tenham previsões de vendas. Dentro de uma plataforma digital ela faz a análise dos dados e encontra oportunidades de aumentar essas vendas, dentro da própria base, respeitando o momento de consumo de cada cliente.
PecSmart: repensa a produtividade para a produção animal a partir da gestão de informação e pecuária de precisão. Responder a questões, tais como: qual o custo adicional de um animal que já atingiu seu peso de abate, mas continua consumindo, ou quanto custa um animal que foi medicado tardiamente? Sua missão é olhar para a produção animal inteligente orientada a dados, de forma 100% automática, 24 horas por dia.
Silos: seu foco é resolver as questões de subjetividade, a falta de eficiência e velocidade, envolvidas no processo de classificação de grãos. Oferece tecnologia que substitui o olho e o raciocínio humano por câmeras.
Haka Bio Processos: a empresa é experiente em tecnologia a favor da economia circular e sustentável na cadeia de proteína animal. Oferece uma solução para sanar o problema de baixo valor agregado dos resíduos animais. Sua expectativa é produzir, com os ossos, 400 mil toneladas de bio-óleo, que é um potencial de produção do Brasil, e 300 mil toneladas de fosfato para nutrição animal, que corresponde a 100% do consumo brasileiro.
Extractify: apresentou o facedigital, solução de reconhecimento facial para identificação em portarias e acessos remotos. Acelera todo o ciclo de onboarding, gestão de acessos e autorizações, com segurança e agilidade. Eles criaram um gêmeo digital de toda a população para revolucionar a forma de identificação.
Ylive: oferece soluções em biotecnologia para nutrição e saúde animal, por meio de uma plataforma para desenvolvimento e recomendação de produtos veterinários. A tecnologia analisa a microbiota, que nada mais é do que a população de bactérias presente no intestino do animal.
Transcender: apresentou o segmento da empresa voltado para o agronegócio, a AGR – IA, criado com o objetivo de resolução de problemas por meio da inteligência artificial e visão computacional. Dentro dessa ferramenta há várias funções. Uma delas é Moobiometrics (biometria de bovinos, por meio de imagens de câmera e smartphones).
Tecexpert: empresa de agromobility focada em conectividade em missões críticas. Desenvolveu um produto que é uma “carretinha móvel”, que são estações transportáveis e modulares, de fácil instalação, com conectividade distribuída de forma inteligente e integração com internet via satélite.
Agroraptor: oferece drones e processamento de dados, pensados para agricultura, para medida de áreas, linhas de plantio, curvas de nível, elevação do terreno, análise de doenças foliculares, nutrição (análise foliar, N, P, K, entre outros), compactação, inventário, perícia e mapeamento de daninhas, por exemplo.
Traive: tem o objetivo de reinventar o crédito agrícola através de dados. Entende que é preciso endereçar o processo de crédito como um todo para atrair capital privado para esse setor. Para isso, desenvolveu uma tecnologia própria em que engloba mais de 3 mil pontos de dados, baseada em cinco grupos de risco: agronômico, financeiro, comportamental, de mercado e de sustentabilidade e compliance.