A Câmara de Vereadores de Curitiba manteve a rotina: votou a favor de projetos do prefeito Rafael Greca que arrocham a vida dos servidores públicos municipais. Depois de muitas outras medidas, hoje foi a vez de mexer no Instituto Curitiba de Saúde (ICS).
O projeto aprovado pela ampla maioria governista aumenta a alíquota de contribuição dos funcionários de 3,14% para 3,9% e parcela em 36 meses a dívida que a prefeitura tem com o instituto e retira o benefício de fornecimento de remédios aos funcionários que vierem a ser acometidos por doenças graves.
Durante toda a manhã, servidores públicos estiveram do lado de fora do plenário, protestando contra as medidas, que para eles representa “perda de direitos”. Nas ocasiões em que tapas foram desferidos contra a parede de vidro que isola o plenário do hall, a Guarda Municipal e a equipe de vigilância patrimonial do Legislativo se posicionaram entre a estrutura e os manifestantes. Palavras de ordem e buzinas foram ouvidas durante todo o debate, no qual vereadores contrários ao projeto se revezaram na tribuna da Câmara Municipal.
Terminada a sessão, outros excessos: vereadores que votaram a favor do projeto foram ameaçados de agressão, xingados e tiveram seus carros danificados. A presidente do Sismuc (o sindicato da categoria), Irene Rodrigues, teve de ser contida pela Guarda Municipal.