Supremo anula sentença de Moro que condenou doleiro no caso Banestado

Com um empate, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou nesta terça-feira (25) a condenação do doleiro Paulo Krug, sentenciada pelo então juiz federal Sergio Moro em 2008, no âmbito do caso Banestado.

Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski acolheram os argumentos da defesa de que houve quebra de imparcialidade e que ele estava impedido de julgar o caso. Já os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram contra, mas com o empate a decisão beneficiou o réu. De licença médica, Celso de Mello não participou do julgamento.

Supremo anula sentença de Moro que condenou doleiro no caso BanestadoOs advogados de Krug alegaram que Moro atuou como investigador, ao tomar depoimentos do doleiro Alberto Youssef (foto) sobre o esquema, no ato de homologação da delação, em 2004. E disseram que, como juiz, ele deveria apenas verificar a voluntariedade da colaboração, mas que adentrou no conteúdo das acusações feitas pelo doleiro.

Além disso, antes da sentença, Moro juntou ao processo cerca de 800 páginas de documentos sobre o caso que não teriam sido pedidas pelo Ministério Público Federal (MPF).

Relator do caso no STF, o ministro Edson Fachin já havia negado monocraticamente o recurso da defesa de Krug, que já refutado no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e no Superior Tribunal de Justiça (SYJ). O doleiro foi condenado a 12 anos de prisão por lavagem e evasão de divisas e cumpriu 4 anos da pena no regime fechado.

“É uma decisão importantíssima, reafirma a jurisprudência do STF da existência de um sistema acusatório, que separa as funções do acusador e do juiz, de forma a garantir a imparcialidade do juiz no processo, como exige a Constituição e o Pacto de San José da Costa Rica”, disse o advogado Cal Garcia após o julgamento. (De O Antagonista).

 CorrupçãoO caso Banestado, descoberto em 1990, é um esquema de corrupção envolvendo empresários, políticos e doleiros para envio de dinheiro ao Exterior. À época, o caso se revelou como um dos maiores planos criminosos já montados no País.

Um dos personagens principais do esquema é o doleiro Alberto Youssef. Ele era o responsável por enviar o dinheiro obtido de forma ilegal a outros países usando dados de “laranjas”. O principal destino dos recursos eram contas na agência do então Banco do Estado do Paraná (Banestado) em Nova York.

 

3 COMENTÁRIOS

  1. Este ultimo comentario….refere-se ao Joel Malucelli????// é a coisa esta muita feia na justiça….negocio….negociatas….perdoes ….aposentadorias compulsoria….42 adiamentos no CNMP…..É o Brasil descendo a ladeira!!!!

  2. A parte boa de ser suplente de senador, no caso um senador convenientemente defensor da lava-jato, é que você paga multa pequena e parcelada.

    Sem persecução penal.

    Com perdão judicial.

    Devidamente articulado com Moro.

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