Esquerda e direita se mobilizam no dia 15 para defender teses opostas com variações em torno do tema mais candente que divide atualmente as duas correntes: a direita defende escola sem partido; a esquerda, escola sem censura.
Os da direita foram convocados pelo MBL (Movimento Brasil Livre) se concentram a partir das 7h30 da manhã na Boca Maldita e de lá marcham em direção à Câmara Municipal em defesa do projeto Escola Sem Partido. Segundo os organizadores, a marcha será integrada por movimentos sociais, líderes comunitários e religiosos, membros da Associação Comercial do Paraná, estudantes e professores.
Na convocação, o MBL afirma porque quer ir à Câmara de Vereadores:
O objetivo da ação é mostrar que essa não é apenas uma causa da bancada evangélica, que protocolou o projeto na Casa no último dia 11 de Julho, mas mostrar que é uma causa da família brasileira, independente de religião. A proposição encontra-se na fase de instrumentação técnica pela Procuradoria Jurídica para seguir para as comissões técnicas do Legislativo. É fundamental a união e apoio da população nessa fase, pois precisamos buscar a maioria dos votos para que o ESP passe pelas Comissões e siga para o Plenário. Superada essa fase, seguiremos na nossa luta pela sua aprovação e sanção pelo prefeito Rafael Greca.
Já a turma do outro lado critica:
“Puxados por movimentos fascistoides e conservadores como MBL, para pedir a implementação do projeto Escola sem Partido. Nós, estaremos na rua para mostrar a insatisfação e o absurdo desse projeto, e barrá-lo!”
Na convocação para que os contra o projeto, os organizadores citam o caso da professora e socióloga Gabriela Viola, que já foi “vítima da vigilância conservadora” só porque desenvolveu uma atividade lúdica com com seus alunos para facilitar as ideias de Karl Marx. Gabriela foi afastada da escola durante cinco dias.