Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu enviar à Câmara dos Deputados a segunda denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra Michel Temer. Foi a última flechada que Rodrigo Janot disparou na véspera de deixar a chefia da PGR, que acusou o presidente de ser líder de uma organização criminosa e por obstrução da justiça. O único ministro a votar contra a denúncia foi Gilmar Mendes. Todos os demais acompanharam o parecer favorável do relator Luiz Edson Fachin.
Em junho, quando da primeira denúncia, Fachin encaminhou o material para a presidente do STF, Cármen Lúcia, que então a reencaminhou ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Após o trâmite normal na Câmara, com votação na Comissão de Constituição e Justiça, a autorização para o prosseguimento da denúncia foi recusada tanto no colegiado quanto no plenário da Casa.
A segunda denúncia repetirá o caminho da primeira e será encaminhada à Câmara, onde precisa ser aprovada por 342 dos 313 deputados. Só depois disso o Supremo fica autorizado a decidir sobre a abertura de uma ação penal contra o peemedebista, que resultaria em seu afastamento por até 180 dias e o tornaria réu. Em toda a história do país, um presidente sequer foi denunciado por ato praticado durante o mandato.
Sugestão para as casas de apostas de Londres: 1) quando o tralha do Temer pedirá asilo político? 2) em que país buscará refúgio? 3) estará na cerimônia de posse do sucessor? Minhas apostas são: 1) dentro dos próximos 15 meses; 2) na Rússia; 3) Não