Scalco e o velório sem cachaça

(por Ruth Bolognese) – O ex-ministro da Casa Civil, Euclides Scalco, um dos fundadores do PSDB, contrariou o antigo hábito de jamais falar mais do que um seco “hum, hum” por telefone e atendeu a jornalista Maria Cristina Fernandes do jornal Valor Econômico.

Durante mais de uma hora, o tucano mais ilustre do Paraná colocou a mão em todas as feridas do PSDB , com a coragem que anda faltando a grão senhores como Fernando Henrique Cardoso, que prefere se deitar no berço esplêndido das honras do passado.

Scalco recorreu a uma expressão do Interior do Rio Grande do Sul, de onde saiu para fazer a vida em Francisco Beltrão no Sudoeste do Paraná, que significa algo difícil de aguentar, o “Velório sem Cachaça” para mostrar a situação real do partido hoje.

Lá, os gaúchos precisam da bebida para suportar os velórios nas noites geladas dos pampas. A expressão deu nome ao artigo da jornalista e Scalco vem recebendo telefonemas e congratulações de todo o País, por ter colocado os problemas, os acordos espúrios e as contradições do PSDB no governo Temer.

Uma das últimas lideranças de dimensão nacional que ainda preserva os valores fundamentais que levaram a fundação do partido da social democracia no Brasil, Scalco afirma que nenhum partido vai sobreviver no país se não se voltar para as bases, com a criação de diretórios municipais fortes e ideologicamente vinculados às suas lideranças. Fora disso, vão compor o eterno balcão de negócios que se firmou em Brasília.

1 COMENTÁRIO

  1. Se perderam na capação. E faz tempo. Daí lançam um Dória, um Serra, um Alckmin, nao entendem por que perderam e passam a articular tramoias. E acabam fritados tal e qual o Aécio e outros mais. Que tal pensar em ser honestos só por malandragem?

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