O chefe da Casa Civil, deputado Valdir Rossoni, está disposto a montar uma barraca em frente à RPCTV e lá ficar até quando a emissora decidir dar-lhe direito de resposta. Ele se declarou inconformado com o fato de os telejornais darem destaque à suposição de que a roubalheira descoberta pela Operação Quadro Negro teve início sob sua influência em Bituruna, município que é seu reduto eleitoral do que às suas explicações.
Rossoni voltou a afirmar que renunciará ao mandato de deputado e se demitirá da Casa Civil se aparecer “uma só prova” de envolvimento no esquema de desvio de verbas da Educação. “Se eu tivesse culpa e medo, vocês acham que eu iria dizer que estou disposto a renunciar a tudo?” – perguntou durante a transmissão ao vivo que faz todos os domingos à noite através de sua página no Facebook. Aproveitou também o governador Beto Richa. O Contraponto separou dois pequenos segmentos da fala de Rossoni, que no total durou mais de uma hora.
Ele voltou a afirmar que o delator Eduardo Lopes de Souza, dono da construtora Valor, “é um bandido, picareta, ladrão” que não tem provas de que entregou propinas a funcionários de seu gabinete na Assembleia em troca das obras que a empresa executou em Bituruna. “As escolas e a praça que a construtora fez em Bituruna estão lá prontas” e conclamou a RPC a ir lá filmar, ao contrário das “ruínas” deixadas pela empreiteira em outros municípios.
Rossoni concordou que houve, sim, “roubalheira” na secretaria da Educação, mas que o governador Beto Richa, tão logo soube do problema, mandou investigar e demitiu os servidores metidos nas irregularidades, entrou com ações judiciais e pediu providências ao Ministério Público. “Vocês acham que o governador pode fiscalizar cada obra do estado e fazer medições? Para isso existem os engenheiros”, frisou.
Um grande político paranaense. Um campeão da moralidade. Se houvesse premio Nobel de honestidade, Rossoni seria indicado para todas as edições. Ao lado do governador do Paraná, é óbvio.