A revolta dos deputados com a “concorrência”

Deputados da base do governo na Assembleia já não escondem a insatisfação de ver seus territórios eleitorais invadidos por candidatos palacianos. Citam os casos de Marcelo Richa, filho do governador, secretário de Rafael Greca e declarado candidato lançado pela família, e do secretário estadual da Saúde, Michele Caputo, que vem misturando ações da pasta com atos de campanha explícita. Aos dois se somam Mounir Chaowiche, presidente da Sanepar, e Marcos Traad, diretor do Detran e primo do governador.

A revolta dos deputados tem, sobretudo, uma razão: eles comeram infindáveis sacos de sal para aprovar todos os projetos impopulares que Beto Richa enviou à Assembleia. Quase todos passaram, por exemplo, pela humilhação de serem conduzidos por camburão da PM para entrar e votar no que o governo queria e do jeito que o governo queria.

Por causa disso, hoje são rejeitados em suas regiões, principalmente por professores e todas as outras categorias de servidores públicos, as principais vítimas dos pacotaços de ajuste fiscal. Tem não ser reeleitos por causa do desgaste a que foram submetidos. Risco que se torna maior quando têm como adversários candidatos protegidos pelo andar de cima – coisa que eles classificam de “concorrência desleal”, passível de queixa no Procon.

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