Requião e PT juntos em 2018

O senador Roberto Requião vai se candidatar à reeleição na chapa de um candidato do PT ao governo. Ele já tem aval do presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá, para negociar a aliança com o partido que o PMDB ajudou a derrubar.

Mas haja estômago para entender tudo isso: não faz muito tempo, Jucá pediu a expulsão de Requião do PMDB por críticas que tem feito à política econômica de Temer. Já no PT, que chama de “golpistas” os partidos que votaram a favor do impeachment de Dilma, há quem veja essas alianças também com naturalidade – caso do ex-ministro do Trabalho e Previdência de Lula e ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho. Marinho é o candidato cogitado pelo PT ao governo de São Paulo.

O jornal O Estado de São Paulo descreve o movimento:

Sem um candidato próprio à Presidência da República em 2018, o PMDB definiu como prioridade nas eleições do próximo ano a manutenção do seu poder de fogo no Congresso Nacional. Para isso, o partido desistiu da ideia de barrar alianças regionais com petistas e liberou peemedebistas para se coligarem nos Estados com o PT, legenda com o qual rompeu no plano nacional desde o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, em 2016.

A aliança PT-PMDB deve ocorrer em ao menos oito Estados. O objetivo da sigla é se manter como dono das maiores bancadas na Câmara e no Senado na próxima legislatura (2019-2022).

PMDB e PT também negociam em Estados como Alagoas, Piauí, Sergipe, Tocantins, Paraná e Goiás. No Paraná, Jucá deu aval para o senador Roberto Requião (PMDB) negociar aliança com o PT. Pela negociação, Requião apoiaria o candidato petista ao governo do Estado. Em troca, teria apoio do partido de Lula para garantir sua reeleição ao Senado. “Vamos ter uma renovação brutal. Partidos como eleitorado fidelizado como o PT terão uma vantagem monumental”, disse Requião.

 Presidente nacional do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) disse ao Estadão/Broadcast que as alianças regionais podem ser feitas com qualquer legenda. “Não há nenhum tipo de proibição. Cada Estado tem uma realidade diferente”, disse. O senador admitiu que membros do partido já estão conversando com integrantes do PT nos Estados e avaliou que não há “nenhum problema nisso”. Segundo o dirigente, a questão será oficializada na reunião da executiva do partido, ainda sem data definida para ocorrer.

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