Realizado todo ano desde 1988, quando a cavalaria da Polícia Militar foi jogada contra professores grevistas durante o governo Álvaro Dias, os trabalhadores da educação voltaram às ruas neste dia 30 de agosto para relembrar a agressão contra a categoria e reivindicar, segundo eles, a data-base prometida pelo atual governador do Paraná.
Cerca de 5 mil educadores se reuniram na Praça 19 de Dezembro, em Curitiba, e foram em marcha até a praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio Iguaçu. Lá, se encontraram com o candidato ao governo do Estado Roberto Requião, da Frente Brasil da Esperança, que assinou uma carta de compromisso com as pautas da categoria para a educação caso seja eleito.
A manifestação teve a presença de dirigentes sindicais da APP, movimentos sociais, populares, estudantis, além de candidaturas da Federação Brasil da Esperança, como o coletivo de mulheres ao Senado, composto pelas candidatas Rosane Ferreira, Elza Campos e Marlei Fernandes. Durante a manifestação, a presidente da APP-Sindicato, Walkiria Biazzeto, criticou o tratamento do atual governo à categoria e defendeu a data-base dos profissionais da educação. Embora tenha aprovado moção a favor de Lula e Requião, a APP-Sindicato informou que “institucionalmente” não pode tomar posição no processo eleitoral.
Requião não chegou a discursar, mas, tendo ao lado o candidato a vice Jorge Samek, foi recebido com grande apreço pelos manifestantes. Ele assinou a carta da educação em frente ao Palácio Iguaçu, sob os aplausos da categoria e pedidos para que o ex-governador volte a governar o Paraná. (Foto: Eduardo Matsyak).