Dizem que religião, política e futebol não se misturam no mesmo caldeirão. São temas que, quando colocados juntos, costumam despertar os instintos mais primitivos – fanatismo, violência, radicalismo, tudo beirando ao irracional.
Talvez mais do que em eleições anteriores, no entanto, estes ingredientes estão sendo colocados em grande quantidade na presidencial de 2018.
Não se vai muito longe. Aqui mesmo em Curitiba, dias desses os jogadores do Atlético Paranaense tiveram de entrar em campo não com a tradicional camisa rubro-negra mas com amarelas para representar o suposto apoio do time ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). Alguns atletas, que já tinham manifestado adesão ao #elenão, se recusaram a envergar o esdrúxulo uniforme.
No campo da religião, o fundador e líder da rica igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, declarou apoio apoio a Bolsonaro, ao mesmo tempo em que abriu espaço na Rede Record – da qual a seita é dona – para entrevista exclusiva apresentada no mesmo horário em que os outros candidatos participaram de debate na Globo.
O privilégio concedido a Bolsonaro com certeza lhe rendeu votos. Pôde dizer o que queria sem ser contestado. Mas também rendeu protestos de líderes de outras denominações evangélicas, que fizeram opção pelo petista Fernando Haddad. Ou que defendiam a ideia de que religião devia ser incluída fora.
Padres que fazem sermões em favor de um ou de outro são convidados a ficar calados. Um deles foi até transferido da diocese em que atuava. Outro foi agredido.
E agora entra em cena o flagrante de Fernando Haddad participando de missa que celebrava a padroeira do Brasil e recebendo a comunhão (foto). O gesto foi logo interpretado como oportunista e premeditado para evocar a divisão entre o eleitorado evangélico – majoritariamente bolsonarista, segundo as pesquisas – e o católico, que, na outra ponta, precisa ser cortejado por Fernando Haddad.
Com todo o respeito aos pensamentos divergentes, o Contraponto deixa umas pequenas perguntas para alimentar polêmicas entre os leitores: a briga religiosa vai ajudar o país a sair da crise? Ou pode nos levar aos tempos da Irlanda dividida entre católicos e protestantes? O mundo entre muçulmanos e cruzados? Voltaremos aos tempos da Inquisição, um lado querendo queimar o outro?
Vc esta muito equivocadodo. Haddad e cristão, crustao ortodoxo. Caso vc não saiba história, se informe. Os ortodoxos sao cristãos bem fieis aos ensinamentos de Cristo. Não se trata de um grupo de revoltados que fundaram uma outra igreja em oritesrp aos roubos de Roma e hj, seus líderes como Edir por exemplo, tem mais grana do que todos os papas juntos. Enfim, Haddad deve ir a missa, se não fosse seria um hipocrita.
Tremendo exagero, só mostra o oportunismo do PT, que, para vencer vende a mãe, e pior, entrega. Manuela, comunista, não cristã declarada, tomando comunhão é o que?