Na minuta do relatório da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) pede que a Receita Federal investigue as empresas ligadas ao líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR). O texto, ao qual o blog O Antagonista teve acesso, detalha indícios de irregularidades lideradas por Barros.
O líder do governo Bolsonaro na Câmara é alvo de um capítulo específico do relatório. Segundo Renan, o parlamentar incentivou uma série de “atos administrativos irregulares”. Os atos favoreceram, segundo Renan, a Global Gestão em Saúde, empresa investigada pelo Ministério Público Federal.
“Com o intuito de beneficiar indevidamente a empresa Global Gestão em Saúde em aquisições do Ministério, Ricardo Barros pressionou o então Coordenador de Execução Orçamentária e Financeira Substituto (CEOF), Victor Laud, e mandou que Davidson Tolentino e Alexandre Lages também o fizessem, para que assinasse os pagamentos antecipados à Global relativos à aquisição dos medicamentos Myozyme, Fabrazyme e Aldurazyme”, diz Renan Calheiros em seu relatório, que ainda vai passar por ajuste nesta terça-feira (19) em reunião às 19 horas com outros integrantes da CPI. (De O Antagonista).