O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Fonseca, não sabe ainda se será possível fechar as contas da instituição a partir de setembro – consequência do bloqueio de 30% do seu orçamento imposto pelo governo federal no primeiro semestre. O corte representa R$ 48 milhões a menos nos recursos disponíveis para o custeio da instituição – como contas de luz, água, vigilância e outros serviços.
Em entrevista à Rádio CBN, o reitor revelou que são insuficientes as medidas já tomadas, como as negociações para redução dos valores de contratos e o fechamento dos restaurantes universitários.
As aulas foram retomadas neste mês, mas não há condições de encerrar o semestre. Sem os serviços básicos, a universidade federal mais antiga do Brasil corre o risco de fechar as portas.
O reitor reconhece que a crise pós corte é de todas as universidades e institutos federais e que, por isso, acredita na mudança de discurso do governo.
Nesta terça-feira (13), manifestantes vão protestar contra os cortes na educação superior e contra o risco da privatização das universidades e institutos federais do Brasil. O ato está marcado para o fim do dia, em frente a Universidade Federal do Paraná.