Reflexões sobre o passado e o presente do PSDB paranaense

Houve um tempo em que o PSDB do Paraná mandava no governo do estado, tinha um senador da república, seis deputados estaduais, três federais, dezenas de prefeitos filiados e outros tantos querendo se filiar. Seus militantes ocupavam centenas de cargos na máquina pública.

Com o clima de confiança e de vacas gordas, o então primeiro-secretário da legenda, à época presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche, buscava uma sede do “tamanho do PSDB”. Achava que o casarão alugado na Praça do Expedicionário já não servia para abrigar o maior partido do Paraná.

Chaowiche e seus indicados no partido descobriram então a antiga sede da Folha de Londrina, na Rua Mauá. Um prédio de quatro andares bastante espaçoso mas que necessitava de muitas reformas. Hidráulica e elétrica estavam um caos, mas dinheiro não era problema e o PSDB resolveu comprar e reformar o espaço. Uma das primeiras providências foi pintar o prédio (foto) com a cores do partido.

Ali haveria espaço para bons churrascos, onde os prefeitos do interior seriam bem-tratados e até uma sala “de descanso” para o governador foi preparada. Alguns churrascos foram feitos mas não consta que o então governador tenha dado uma sonequinha no local. O fato é que, como toda boa reforma, a da Rua Mauá atrasou.

Atrasou tanto que agora, depois do desastre das eleições de 2018 e sem fundo partidário, o PSDB pensa em vender ou alugar o imóvel. Quem assumir o prédio poderá ainda escutar os ecos da churrasqueira do último andar. Ecos de conversas animadas da época em que dinheiro e cargos não faltavam e o futuro parecia brilhante e certeiro.

1 COMENTÁRIO

  1. Que grande trapalhada.

    Olivir Gabardo foi um grande presidente do PMDB e comprou a sede do partido na Vicente Machado em 1982.
    Até hoje usam, na gestão de Requião.
    E o PSDB faz esta barbaridade?
    O homem que comprou se acha o inteligente.
    Vixi.

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