Quando as paranaenses são mais fortes

Quando as paranaenses são mais fortes
Mulheres poderosas: Margarita Sansone, Márcia Fruet, Cida Borguetti e Marina Taniguchi

(por Ruth Bolognese) – Há uma contradição visível entre as mulheres e o exercício do poder no Paraná. Elas são mais fortes quando atuam nos bastidores. O presente nos comprova a tese: quem manda e desmanda na prefeitura de Curitiba é dona Maragarita Sansone e isso nem o prefeito Rafael Greca ousa discordar. Porque sabe o tamanho da encrenca.

A primeira dama do estado, Fernanda Richa, tem um palácio só dela, o das Araucárias, e até as pedras sabem que basta dona Fernanda bater o salto Louboutin em direção ao Palácio Iguaçu que o governador Beto Richa se péla de medo. Publicamente ele pode até dizer que a “Fernanda nem sabe o que faz um auditor fiscal”, mas o império é dela.

E se olharmos para trás, não é diferente. Na prefeitura, dona Marina Taniguchi sempre foi “a prefeita” e o marido Cássio seguia seus passos com reverência. Seu poder era tanto que nas reuniões da prefeitura ela falava antes do prefeito. E quando não falava nada, o pavor se expandia entre os subordinados.

Durante a gestão de Gustavo Fruet, a jornalista Márcia deixava moradores de rua no centro da cidade, num processo bem pessoal de como fazer inclusão social, e se estapeou com meio mundo através das redes sociais. Enquanto isso, o maridão lá, filosofando sobre a melhor maneira de manter a integração do transporte na região metropolitana sem nenhum help do Governo.

Mas o mais interessante dessa atuação de mulheres paranaenses poderosas é que quando elas detém o poder de fato, quem aparece é… o marido. A primeira mulher vice-governadora do Paraná, dona Emília Belinati, nunca conseguiu se livrar da sombra do prefeito de Londrina, Antônio Belinati. Ele era o homem da casa, quem dava as cartas e pronto.

E agora, com a vice-governadora Cida Borghetti, é a mesma coisa. A Belezura aparece em todos os lugares, faz discursos, diz que vai ser candidata, mas o Paraná inteiro presta atenção nos movimentos do ministro da Saúde, Ricardo Barros. Porque sabe que a palavra final será sempre dele.

A única mulher que não deixa espaço pra ninguém é a petista Gleisi Hoffmman. Casou-se com um deputado federal, entrou para a política, foi a segunda mulher mais poderosa da República, hoje é senadora e presidente nacional do PT. O marido, Paulo Bernardo, está desempregado.

São coisas nossas. Nem boas, nem ruins. Nossas apenas.

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