A manhã desta quinta-feira não foi como todas as outras para pelo menos seis pessoas – assessores de Beto Richa, do chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, e de funcionários da construtora Valor. Todos eles foram citados como participantes do esquema de desvio de verbas da Educação, investigado pela Operação Quadro Negro, e que foram ouvidos na sede da Polícia Federal em Curitiba a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).
Foram interrogados esta manhã o secretário do Cerimonial, Ezequias Moreira; Gerson Nunes da Silva, atual chefe de gabinete do secretário estadual da Casa Civil, Valdir Rossoni; Marilane Aparecida Fermino da Silva, servidora da secretaria da Educação; Vanessa Domingues e Úrsula Ramos, respectvamente ex-secretária e ex-advogada da construtora Valor; além de Eduardo Paim, ex-assessor de Valdir Rossoni, que, embora tenha obedecido à convocação para se apresentar, teve seu interrogatório reagendado.
Todos os citados responderam a um rol de perguntas formuladas pela PGR. A Ezequias foram dirigidas 60 perguntas e seu depoimento durou mais de duas horas.
Também fazem parte da lista de intimados pela PF o secretário de Comunicação Social, Deonilson Roldo, o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto; o assessor da governadoria Ricardo Rached; e o ex-secretário da Fazenda Luiz Eduardo Sebastiani.
No total, são 18 os nomes citados pelo delator Eduardo Lopes de Souza, dono da Valor, e entre eles estão também os deputado Valdir Rossoni, Ademar Traiano e Plauto Miró Guimarães. O principal articular do esquema, ex-diretor da Educação, Maurício Fanini, é o único que se encontra preso, mas também foi arrolado entre os que serão ouvidos pela Polícia Federal. Fanini já escreveu os termos da própria delação, mas que ainda não foi homologada pelo ministro Luiz Fux, relator da Quadro Negro no Supreo.
E la nave va … presto arriva
il piloto !