Com a homologação pelo ministro Luiz Fux da delação do dono da empreiteira Valor, a Operação Quadro Negro deve entrar agora em etapa mais turbulenta.
Em princípio, se obedecido o rito determinado pelas homologações já conhecidas em outras operações, como a Lava Jato, por exemplo, Ministério Público Federal e Polícia Federal ficam autorizados a proceder as diligências de praxe – isto é, estas instituições poderão dar continuidade às investigações dos citados, incluindo buscas e apreensões em suas casas e gabinetes, conduções coercitivas e até prisões temporárias ou preventivas.
Tais possibilidades abalam o emocional dos envolvidos – todos sob a jurisdição do Supremo Tribunal Federal (STF) porque um deles é detentor de foro especial na última instância, no caso o deputado federal Valdir Rossoni, atual chefe da Casa Civil do governo do estado.
Estão arrolados também o governador Beto Richa, os deputados estaduais Tiago Amaral, Ademar Traiano e Plauto Miró (os dois últimos, presidente e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa), além do conselheiro presidente do Tribunal de Contas Durval Amaral.