Quadro Negro: delator envolve Richa (2)

Em um dos depoimentos da delação revelada pelo G1 e pela RPC, o dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza, afirmou que Maurício Fanini, ex-diretor da Sude, mandava fazer as medições falsas porque não poderia faltar dinheiro para a campanha de Richa. Segundo o empresário, os dois esperavam levantar R$ 32 milhões para o governador, com os contratos que a Valor fechou com o poder público.

Para ganhar as licitações, Fanini orientou Souza a elaborar propostas com descontos agressivos. Depois, os dois acertariam os valores com aditivos contratuais, subindo o valor total das obras.

Em sete aditivos, a Valor recebeu cerca de R$ 6 milhões da Secretaria da Educação. Com essa tática, eles contavam que conseguiriam chegar aos R$ 32 milhões.

Souza contou aos investigadores que, entre abril e setembro de 2014, ele fazia os repasses diretamente a Fanini, na sala dele, no prédio da Superintendência de Educação. O empresário contou que entrava por uma porta lateral e Fanini dizia “banheiro”. Então, o dono da Valor ia até o vaso sanitário e pegava uma mochila, que enchia de dinheiro. O empresário afirma que, em dado momento, perguntou a Fanini se o dinheiro realmente estava indo para a campanha de Richa. O ex-diretor teria dito que sim.

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