Para ganhar as licitações, Fanini orientou Souza a elaborar propostas com descontos agressivos. Depois, os dois acertariam os valores com aditivos contratuais, subindo o valor total das obras.
Em sete aditivos, a Valor recebeu cerca de R$ 6 milhões da Secretaria da Educação. Com essa tática, eles contavam que conseguiriam chegar aos R$ 32 milhões.
Souza contou aos investigadores que, entre abril e setembro de 2014, ele fazia os repasses diretamente a Fanini, na sala dele, no prédio da Superintendência de Educação. O empresário contou que entrava por uma porta lateral e Fanini dizia “banheiro”. Então, o dono da Valor ia até o vaso sanitário e pegava uma mochila, que enchia de dinheiro. O empresário afirma que, em dado momento, perguntou a Fanini se o dinheiro realmente estava indo para a campanha de Richa. O ex-diretor teria dito que sim.