A direção da APP-Sindicato informa que professores e funcionários da rede estadual de ensino do Paraná entraram em greve nesta segunda-feira (2) por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia no dia 22 de novembro e confirmada nesta manhã pelo presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, em entrevista à Rádio da Banda B.
“Começamos greve nas escolas estaduais a partir de hoje e estamos cobrando reuniões com o governo Ratinho Junior ainda nesta segunda-feira. É muito difícil faze ruma greve no mês de dezembro, mas, sem diálogo, não houve outra alternativa”, disse Leão. O principal motivo da greve é a proposta de reforma da Previdência estadual.
Para esta terça-feira (3), está programado um ato do funcionalismo da educação a partir das 9 horas, com concentração na Praça 19 de dezembro. Já às 16h, após a mobilização, a categoria se reúne em uma assembleia, em frente ao Palácio Iguaçu, para avaliar os próximos passos do Sindicato.
A Banda B informa que procurou a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte que divulgou a seguinte nota:
“A nova previdência do servidor público do Paraná segue rigorosamente a legislação aprovada no Congresso Nacional, após ampla discussão com os mais diversos setores da sociedade.
Não se trata, portanto, de uma decisão casuística e sim de cumprir a obrigação de atualizar o marco legal dos regimes próprios de previdência dos Estados, adotando o novo preceito constitucional brasileiro.
No Paraná, a medida contribui para estancar o crescimento do deficit já existente para o pagamento de aposentadorias e pensões. Neste ano, a insuficiência financeira do sistema será de R$ 6,3 bilhões. O valor é superior ao orçamento do Estado para a área de saúde.
Ao mesmo tempo, a proposta do Governo do Estado capitaliza e fortalece o Fundo de Previdência.
As projeções mostram que em cinco anos o fundo vai retomar a capacidade financeira e em até 30 anos será autossuficiente. Com isso, ficam plenamente assegurados os pagamentos dos benefícios aos servidores.
O projeto de reforma da previdência cumprirá todo o rito legal na Assembleia Legislativa, fórum adequado para o debate a respeito da proposta, conforme já demonstrado na tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) no âmbito federal.“, diz o Governo.