A APP-Sindicato realizou assembleia estadual na tarde dessa quinta-feira (26) para definir novas ações na luta pela revogação do edital de processo seletivo simplificado (PSS), contra a ameaça de desemprego de cerca de 30 mil professores e funcionários de escola e outras pautas da categoria. Devido a pandemia, os educadores participaram de forma on-line.
Um dos resultados da assembleia foi o fim da greve de fome que um grupo de educadores fazia na porta do Palácio Iguaçu, no Centro Cívico.
Após cerca de três horas de debates, foi aprovado estado de greve e de assembleia permanente, quando ela pode ser convocada a qualquer momento. O objetivo é construir uma greve geral no início do ano letivo de 2021.
Greve de fome – Os dez professores e funcionários de escola em greve de fome há oito dias, acampados na porta do Palácio Iguaçu, decidiram encerrar o protesto. O aumento do número de casos e mortes pela Covid-19 na capital paranaense foi o principal motivo da decisão, para preservar a vida de todos.
De acordo com os médicos voluntários que realizam o monitoramento das condições de saúde dos educadores, a fragilidade imposta pela falta de alimentação há mais de 170 horas aumenta os riscos de infecção e as condições de vulnerabilidade ao vírus.
Reivindicações – A categoria reivindica a revogação do edital de PSS que prevê uma prova presencial para mais de 47 mil pessoas, no dia 13 de dezembro, durante a pandemia. São oferecidas somente 4 mil vagas para um contrato de apenas um ano. As inscrições foram encerradas essa semana e os candidatos ainda foram obrigados a pagar uma taxa de até R$ 105.
Atualmente a rede estadual de ensino possui aproximadamente 30 mil profissionais contratados(as) através de processo seletivo simplificado, como se fossem demanda temporária. O número corresponde a um terço do total concursado(a) e o governo vem burlando a legislação para não realizar o ingresso desses(as) profissionais através de concurso público, como determina a Constituição.
As reivindicações incluem a renovação dos contratos desses(as) trabalhadores(as)s, a realização de concurso público, o pagamento do mínimo regional e de promoções e progressões. Outro ponto da pauta é a manutenção de 400 turmas de ensino noturno que devem ser fechadas em todo o estado com a implantação de colégios cívico-militares em escolas de ensino democrático. (Informações da APP-Sindicato).
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