Pressionado, Temer vai mudar ministério

Com a ameaça de deputados do Centrão de obstruir votações na Câmara e enquanto o PSDB não sai da moita, Michel Temer pensa em antecipar para janeiro a reforma ministerial, a princípio prevista para abril, quando candidatos às eleições terão de deixar os cargos.

A crise política se agravou nesta terça-feira, 7, quando aliados da base deram ultimato ao Palácio do Planalto, exigindo a exclusão do PSDB do primeiro escalão. Os tucanos controlam quatro ministérios e se dividiram no apoio a Temer durante a votação da segunda denúncia contra ele, por obstrução da Justiça e organização criminosa.

“Ou muda (o Ministério) ou não vota mais nada aqui”, afirmou o deputado Arthur Lira, líder da bancada do PP, a quarta maior da Câmara, com 45 parlamentares. Na véspera, em sinal de protesto, Lira chegou a faltar à reunião convocada por Temer com outros líderes aliados no Planalto.

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