Presidente afastado do Ibama será investigado junto com ministro

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia determinou a inclusão do presidente afastado do Ibama, Eduardo Bim, como investigado, no mesmo processo  que analisa possíveis delitos cometidos pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em favor de madeireiras no Norte do país. A decisão da ministra atende um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) que entendeu a situação de Bim como semelhante à de Salles. A informação é do portal Congresso em Foco.

Eduardo Bim foi citado pelo ex-superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, Alexandre Saraiva, na mesma notícia-crime que levou à abertura de investigação contra o ministro. Ele constava como um dos possíveis envolvidos nos crimes apurados pela Operação Handroanthus.

A ação resultou na apreensão de cerca de 200 mil metros cúbicos de madeira extraídos ilegalmente da Amazônia Legal por organizações criminosas. Eduardo Bim foi afastado do cargo no dia 19 de maio último.

Na notícia-crime, Saraiva dizia que Bim encaminhou um ofício ao Diretor-Geral da Polícia Federal, requerendo ‘o envio das peças de informação, incluídos os documentos técnicos-periciais, que embasam a operação e as apreensões’. “Este requerimento veio logo após o Ministro do Meio Ambiente criticar as apreensões realizadas pela Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas, o que leva a crer ser o ato de comunicação oficial o meio utilizado para ter acesso às investigações e, assim, buscar desacreditá-las”, menciona o documento.

Carmén Lúcia deu prazo de até 30 dias para a PF concluir as averiguações e encerrar as investigações.

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