Prefeitura acusa “operação tartaruga” dos médicos

Nota divulgada pela prefeitura reconhece que o atendimento médico está precário no sistema público de saúde. “Os pacientes podem sofrer prejuízos diante da greve dos médicos”, diz a prefeitura. E acusa os médicos de estarem fazendo uma “operação tartaruga” para pressionar por reajuste salarial de 4,5%. A prefeitura alega que não tem como dar este reajuste já que a categoria recebeu aumento real de 34% durante a gestão de Gustavo Fruet. Leia nota:

A Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba (Feaes-Curitiba) alerta aos usuários do SUS Curitiba que os atendimentos médicos, que não são considerados de urgência e emergência, podem sofrer prejuízos, diante da greve deflagrada pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Paraná (Simepar).

Não se observa, até este momento, prejuízo ao atendimento dos pacientes de maior gravidade (eixo vermelho, amarelo, laranja no protocolo de classificação de risco) nas UPAs. Porém, em relação a pacientes considerados de baixo risco (eixo azul e verde), observa-se a efetivação de uma operação tartaruga por parte de alguns profissionais que aderiram ao movimento. Com isso, a espera por atendimento nas UPAs para estes casos pode aumentar.

A Feaes ainda ressalta que sua equipe médica teve um aumento real de 33,68% nos últimos quatro anos. Dessa forma, a Feaes passou a ser a empregadora a remunerar a maior hora-médica de Curitiba e região, como também é a instituição a contratar o maior número de médicos na capital. O movimento do Simepar causa estranheza à instituição, considerando o aumento já disponibilizado e o momento de crise que passa o país, além dos esforços que estão sendo feitos pelo município para rever e diminuir custos orçamentários, sem prejuízos à manutenção dos serviços oferecidos.

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