Greca ataca, médicos reagem

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) reagiu nesta quarta-feira (16) à declaração feita pelo prefeito Rafael Greca (veja aqui) de que os médicos das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) de Curitiba recebem R$ 1.880,00 por plantão noturno. De acordo com a secretária-geral do Simepar, Dra. Claudia Aguilar, este valor não é verdadeiro e a categoria quer saber onde está a diferença. “O prefeito está muito enganado. Os médicos da UPAs recebem R$ 78,00 por hora de plantão com um pequeno adicional quando o horário é noturno. Isso não dá R$ 1.880,00 como disse o prefeito. Os médicos estão revoltados querendo saber para onde está indo esta diferença. Alguma coisa acontece neste caminho e queremos uma auditoria na Feaes então”, afirmou a representante do Simepar.

A reação veio depois que Greca divulgou nota lamentando a greve dos médicos da Fundação de Atenção Especializada em Saúde (Feaes), que vem afetando o atendimento nas UPAs. Para o prefeito, a greve é “abusiva e desumana”. A paralisação completou 21 dias e é motivada pela falta de negociação sobre o reajuste salarial.

De acordo com a Dra Claudia Aguilar, este tipo de declaração, com dados inverídicos, é muito perigosa pois coloca em risco o trabalho dos médicos nas Unidades. “Parece que assim o prefeito está colocando a população contra os profissionais que, muitas vezes, são vítimas de agressões de pacientes porque faltam vagas em hospitais, faltam remédios e as condições de atendimento nas UPAs são muito ruins. Há tempo estamos denunciando que há sobrecarga de trabalho e isso só tem piorado, principalmente no último ano”, completou a médica.

A representante do Simepar reconhece que os médicos recebem 100% de horas-extras pelo trabalho nos fins de semana, enquanto o mercado remunera com 50%., mas destaca que isso é fruto de um acordo coletivo assinado em 2012. A categoria pede 4,5% de aumento e melhores condições de trabalho. “Eles argumentam que pagam muitas horas-extras, mas se pagam é porque não há número de profissionais suficiente. Que contratem mais médicos então”, diz.

(com informações da Rádio Banda B)

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