O prefeito de Agudos do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, Jesse da Rocha Zoellner (PP), e o seu vice, Antônio Gonçalves da Luiz (PSD), podem ter os mandatos cassados definitivamente nas próximas semanas. É que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) está julgando recurso contra decisão da Justiça Eleitoral, firmada no dia 7 de fevereiro último, que afastou os dois políticos dos cargos. Todavia, por força de uma liminar, o prefeito e o vice continuam no exercício das funções até o julgamento final do caso na segunda instância.
Os dois estão sendo processados pela compra de votos via PIX durante a campanha para a eleição suplementar de 3 de abril do ano passado, uma vez que a a então prefeita Luciane Teixeira teve seu mandato cassado pelo TRE. Os dois venceram o pleito suplementar.
Nessa segunda-feira (19), foi realizada a 15ª Sessão de Julgamento na sede do TRE e a desembargadora Flávia da Costa Viana votou pela cassação dos mandatos e ainda determinou o pagamento de multa de 10 mil Ufir (Unidade Fiscal de Referência), além de os tornarem inelegíveis por oito anos.Já o desembargador Julio Jacob Júnior pediu vistas do processo. O placar no TRE é de dois votos a favor da cassação e um pedido de vistas.
Na hipótese de o prefeito e o vice terem os mandatos cassados definitivamente, a legislação eleitoral indica que o atual presidente da Câmara Municipal,vereador Nei Rocha (MDB), assuma a prefeitura de forma interina.
Se Jesse recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nei concluirá o mandato até o fim de 2024. Caso Jesse não recorra, a Justiça Eleitoral poderá determinar nova eleição suplementar para um mandato até o fim de 2024. (Foto: divulgacao/Prefeitura de Agudos do Sul).