Maria Timóteo Tavares possui 66 anos de idade e sempre exerceu a atividade de pescadora, tradição herdada pela família. Há mais de 20 (vinte) anos, Maria utiliza o box nº 02, do Mercado Municipal de Guaratuba, para comercializar seus pescados, em conjunto com a sua família.
Taneli Peres da Silva tem 52 anos e, da mesma maneira, sempre foi pescadora e há muitos anos trabalha no Mercado Municipal, em conjunto com seus familiares. Desde 2009, é detentora do box nº 03, que antes era ocupado por sua própria família.
Rosana de Freitas Elias, de 23 anos de idade, trabalhou a vida inteira no Mercado Municipal, juntamente com a sua irmã, no box nº 08 que era ocupado por seu pai, Waldemar Elias.
A área de atuação profissional é tradição herdada por gerações. A pesca sempre foi responsável por garantir os alimentos de suas respectivas famílias, as quais trabalham nos boxes do Mercado Municipal.
Estes flashes de três vidas humanas são idênticos aos de muitas outras famílias humildes que há gerações tiram seu sustento no Mercado Municipal João Batista de Miranda. Mas que agora estão sendo ameaçadas de expulsão do local por um ato do prefeito de Guaratuba, Roberto Justus, que alega decisão judicial que, supostamente, o obrigaria a realizar a licitação dos boxes do mercado.
E deu 30 dias para que Maria, Taneli, Rosana e todos os outros pescadores se retirem de lá – ou então participem da licitação com o impagável valor mínimo de R$ 47 mil por box se quiserem permanecer com o humilde negócio que mantêm no mercado. Com um detalhe: todos pagam aluguel e condomínio à prefeitura, o que significa que o mercado é mantido com recursos dos próprios pescadores.
Impagável para elas e para todos os demais tradicionais ocupantes – mas, não certamente, para outros interessados de boas posses.
O drama foi levado à Justiça por dois escritórios de advocacia de Curitiba (Galvão Lopes Jr. e Victor Marins) que se propuseram a defender os pescadores. Eles argumentam:
- a decisão judicial que agora a prefeitura se diz obrigada a cumprir é decorrente de uma lei inconstitucional sancionada pela própria prefeitura, que, portanto, não pode penalizar os que, de boa-fé e cumprindo desde antes todas as suas obrigações, veem-se agora ameaçados de expulsão do local e sem outro meio de sobrevivência;
- a prefeitura está criando um drama social, atingindo tradicionais e humildes famílias, com a intenção de entregar o mercado a pessoas ou empresas com condições econômicas contra as quais os pescadores não podem concorrer;
- além do mais, a prefeitura sequer demonstra ser “proprietária” do lugar. Não apresenta nem sequer matrícula de registro do imóvel que demonstre seu direito dele dispor como quiser.
A população de Guaratuba está desconfiada de que, por trás da pretensa vontade de “regularizar” a situação, há poderosos interesses econômicos e imobiliários.
A FAMÍLIA honestus justus SEMPRE DANDO UM JEITO DE TIRAR DAS FAMÍLIAS PARANAENSES, PARA O BOLSO DELES !!!
A ELEIÇÃO VEM Aí !! PAU NOS honestus justus !!!
Que matéria tendenciosa e mentirosa. Vcs como jornalistas deveriam ter vergonha na cara e ir atráz da verdade. O Prefeito não quer expulsar ninguém do mercado. Ele só está cumprindo uma decisão do Ministério Público que o obriga a tomar este tipo de atitude.
Ainda bem que o jornal meteu a boca no trombone. Pro bono ou não, parabéns aos advogados….busquem todos recursos…inclusive nas academias…as universidades do litoral estão ávidas por ensinar os alunos a gerir a cosa publica com respeito, dignidade e justiça. Esses mercados municipais são bem nebulosos mas respeito a comunidade tradicional é um pressuposto do desenvolvimento…so, o prefeito que se retire, os pescadores que se lembre dele daqui 2,5 anos.
Assim como fizeram com a Escola de Pesca…Só especulação imobiliária e a ganancia…Não arredem o pé!