Nas ruidosas manifestações de rua em 2016 houve de tudo. Porção do povo dizia que o impeachment de Dilma Rousseff era golpe; outra numerosa porção gritava “fora Temer”; mais um segmento ovacionava o juiz Sergio Moro e sugeria seu nome para presidente; era grande também a gritaria em favor da prisão de Lula, ornada pelo Pixuleco – o boneco inflável com roupa de presidiário. Mas também foi enorme a participação dos que pediam “intervenção militar” e “intervenção militar constitucional”.
Várias dessas reivindicações se tornaram realidade: Dilma foi impichada; Lula está preso; Temer já está quase fora; Moro não é presidente mais “tem carta branca”, e a “intervenção militar constitucional” está acontecendo.
Nesta sexta-feira, o presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou o quinto militar de alta patente para ocupar um cargo no primeiro escalão: o almirante de esquadra Bento Costa Lima Leita de Albuquerque Junior, que será ministro das Minas e Energia. Albuquerque Junior atualmente é diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha. O anúncio foi feito através da conta oficial de Bolsonaro no Twitter.
Além dele, foram indicados também Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), que é tenente-coronel da Força Aérea Brasileiroa (FAB); Fernando Azevedo e Silva (Defesa), general da reserva e ex-chefe do Estado Maior do Exército; Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), general da reserva do Exército; e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo), ex-comandante das forças da ONU no Haiti e no Congo.
Além dos oficiais de patente, outros ministros de Bolsonaro também tiveram atuação em instituições militares ao longo da carreira. O ministro da Transparência e da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, é formado na Academia das Agulhas Negras e foi capitão do Exército, mas focou sua carreira em auditoria. O futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já trabalhou em hospitais militares como médico. Tarcísio Gomes de Freitas, que comandará o novo ministério da Infraestrutura, é formado pelo Instituto Militar de Engenharia.
As indicações obedecem princípios democráticos. O presidente (também militar) foi eleito pelas urnas e agora, seguindo as prerrogativas que a Constituição lhe confere, nomeia ministros quem ele escolher e achar melhor para cada posto, de acordo com seus critérios. E coincidiu que grande parte dos escolhidos veio ou passou pela caserna
Não houve tanque na rua, nem de longe se trata de uma “intervenção militar” no sentido clássico e é constitucional a presença de tantos militares no governo.
O clamor das ruas está sendo atendido.
Nunca esqueçam que o sucesso disso tudo começou no Ahu , em Santa Cândida com o apoio e incentivo da rede globo e da mídia parceira, gazeta do povo incluida, sbt incluido, para registrar para quem o ContraPònto ja trabalhou.
Agora já era. Tem que engolir e torcer para que nada dê certo para ver se assim o povo se manca e descobre quem se deu e vai se dar muito bem com a zona que será instalada.
Estão rindo da Argentina com o papelão da Libertadores? Acho que é o Brasil amanhã.