A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo, que condene os irmãos Lúcio (MDB) e Geddel Vieira Lima (MDB), além do empresário Luiz Fernando Machado Costa Silva, pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, no processo que envolve o bunker dos R$ 51 milhões. Nas alegações finais, Dodge requer a condenação de Geddel a 80 anos de prisão e 48 anos para Lúcio, ex-deputado federal.
As alegações finais representam os últimos apelos que o Ministério Público Federal e os réus podem fazer no âmbito de uma ação penal. Após a entrega do documento, eles já podem ser sentenciados.
Geddel, preso desde setembro de 2017, Lúcio, Luiz Fernando, e a mãe dos emedebistas, Marluce Vieira Lima, foram denunciados em dezembro de 2017, três meses após a deflagração da Operação Tesouro Perdido, que apreendeu os R$ 51 milhões em dinheiro vivo escondidos em um apartamento em Salvador, que fica a pouco mais de um quilômetro da casa da matriarca. No dinheiro, foram encontradas digitais de Geddel.
A PGR sustenta que parte dos valores apreendidos é resultado de atos de corrupção identificados e investigados em outras frentes como as operações Lava Jato e Cui Bono – já denunciados tanto ao Supremo quanto à primeira instância da Justiça Federal. Segundo a procuradora, outra parcela do dinheiro teria como origem o crime de peculato supostamente praticado por Lúcio Vieira Lima e já denunciado à Justiça.
Mãe e filhos,pessoas da maior “credibilidade”,roubam unidos e oxalá também sejam punidos e presos unidos.