A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um apuração preliminar contra o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, por suposta ameaça às eleições de 2022. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o ministro teria enviado um recado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), condicionando a realização do pleito de 2022 à aprovação do voto impresso.
Braga Netto classificou a notícia, publicada em julho último, de “mentira, invenção”. Depois, em nota o ministro disse tratar-se de “desinformação que gera instabilidade” e declarou que as Forças Armadas são comprometidas com a manutenção da democracia. Todavia, ele defendeu as discussões sobre a impressão do voto.
Como reação à notícia, parlamentares acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que as supostas ameaças de Braga Netto fossem apuradas, diante do risco para a estabilidade democrática do país.
Em manifestação ao STF na noite dessa terça-feira (28), o procurador-geral da República, Augusto Aras, informou que há uma apuração preliminar aberta para apurar os fatos envolvendo Braga Netto e que, se forem encontrados indícios, pode render uma investigação formal contra o ministro.
“Nesta PGR, já tramita Notícia de Fato destinada à averiguação preliminar dos fatos relatados pelo noticiante, bem assim de outros que possam com eles guardar relação de pertinência”, diz Aras no documento. (Metrópoles).