PGE cobra R$ 1,8 bilhões de Lerner & Cia.

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) decidiu ressuscitar um caso que parecia enterrado: ingressou na justiça com uma Ação Civil Pública para cobrar a importância de R$ 1.815.078.993,67 relativa a prejuízos causados pela aquisição de “títulos podres” emitidos pelos estados de Alagoas, Santa Catarina e Pernambuco e dos municípios de São Paulo, Guarulhos e Osasco durante o governo Jaime Lerner, no final dos anos 1990.

Os títulos comprados pelo governo foram repassados ao extinto Banestado e em seguida para o banco Itaú, que comprou o Banestado. Como não tinham liquidez, o Estado deu ao Itaú, como garantia, 48% das ações da Copel. Como os papeis nunca foram pagos, o Itaú cobra até hoje na Justiça (4.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba) uma dívida de R$ 700 milhões – ou a entrega de ações da Copel em montante correspondente.

A PGE protocolou a Ação Civil Pública no último dia 10. Nela, acusa os gestores públicos por crimes de improbidade administrativa e requer que todos os envolvidos nas operações de aquisição dos títulos podres sejam obrigados a ressarcir os cofres públicos. Além de Lerner, são réus o ex-presidente do Banestado à época, Manoel Garcia Cid, e mais os ex-diretores do Banestado e empresários que negociaram os títulos: Carlos Valente de Castro, Paulo Roberto Gonçalves, Rodrigo Pereira Gomes Jr., Raul Felix, Ademir Guimarães Adur e Ricardo da Costa Moraes.

Segundo a petição assinada pelo procurador Juliano Ribas Dea, só ao ex-governador Jaime Lerner cabe ressarcir o estado em R$ 88 milhões; ao ex-presidente do Banestado Neco Garcia outro tanto. Os demais pelo restante. Por prevenção, a PGE pede o bloqueio dos bens e valores em nome de todos.

A ação corre em segredo de Justiça.

 

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1 COMENTÁRIO

  1. Lendo assim, sabe o que parece? Cortina de fumaça… estão querendo desviar o foco da população. Ate parece que o grupo do Lerner não esta contemplado tando na adm de Curitiba quanto do PR. E vir “cobrar” deles e problema , principalmente antes de ano eleitoral. Considero assim visto que o episodio do engavetamento do que se refere à Op Quadro Negro foi feito na maior cara de pau. Ou seja a autonomia destas áreas é muito pouca.

    E se fosse à vera, isso já tinha sido feito ha décadas… Tallvez a grana que os acionistas da Copel podem perder e que tirou o richa, o governador modelo para o aécio, da inércia.

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