Por Cláudio Henrique de Castro – O que significa debater os pedágios, diretamente, com a população que paga a conta?
É planejar as coisas sem deixar de ouvir a população afetada, bem como, as valorosas cooperativas paranaenses, para se saber se a continuidade nos trechos anteriormente pedagiados interessa à economia paranaense.
Devemos ouvir, através de plebiscito, as cidades de Porto Amazonas, Irati, Prudentópolis, Imbituva e Lapa. Saber se São Luiz do Purunã, Ortigueira, Imbáu, Tibagi, Palmeira, Carambéi e Jaguariaíva, querem a continuidade de praças de pedágios.
Se a próspera São José dos Pinhais, Jacarezinho, Sertaneja, Mandaguari, Castelo Branco, Arapongas, Floresta, se a rica Campo Mourão, Corbélia, Candói, Laranjeiras, Cascavel, Céu Azul e São Miguel do Iguaçu, querem pagar essa conta.
Há quem pense que o pedágio é necessário, que os vinte cinco anos de desacertos e obras não realizadas não importam ao debate.
Temos que nos submeter ao flagelo de pagar essa conta novamente?
Vamos discutir isso no voto e não por meio de lobistas e representantes privados?
Outro fator, importantíssimo, é o tempo de duração das futuras concessões.
Se o tempo é menor, por exemplo 5 ou 10 anos, as obras têm que ser mais rápidas e sem a enrolação de aditivos duvidosos ou superfaturados.
Assistimos o mundo civilizado construindo trincheiras e até viadutos, num final de semana ou em trinta dias.
E aqui no Brasil? Para as mesmas obras são necessários anos e até décadas para se fazerem as mesmíssimas obras.
Há modernas tecnologias construtivas que o mundo dispõe, mas elas não são utilizadas pela engenharia brasileira. Por que será?
Resumindo: tem que se dar ampla publicidade de todas as obras que foram suprimidas e “substituídas” nesses 25 anos de pedágios no Paraná.
Se o asfalto utilizado pelas concessionárias tem, realmente a qualidade que foi contratualmente prometida,por quais razões alguns trechos têm panelas de buracos nas estradas?
Temos que ouvir os municípios e a população envolvida que pagará os pedágios, inclusive,nos trechos supernovos, nos quais sequer se sabe ao certo, quais serão as tarifas e quais obras se pretendem executar.
Por último, onde foram parar aquelas plaquinhas de pedidos de desculpas das concessionárias que ficaram alguns dias nas praças de pedágios e, súbita e repentinamente, desapareceram?
O debate público deve ser instalado nessa questão.