A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba está exigindo que médicos, enfermeiros e outros profissionais que atuam na linha de frente no Hospital de Clínicas abandonem os pacientes, tomem um ônibus e se dirijam ao “Pavilhão da Cura”, no parque Barigui, para tomar a vacina contra a covid-19.
A logística da SMS parece inspirada na escola criada pelo ministro general Eduardo Pazuello.
Os profissionais já apelaram ao bom senso da gestão municipal, mas até agora não foram ouvidos: eles acham mais inteligente que o lote necessário para imunizar os servidores deveria ser enviado ao HC e as vacinas aplicadas lá mesmo, sem perda de tempo e sem risco de interrupção no atendimento aos pacientes que lotam as UTIs e leitos clínicos da instituição.
É este procedimento que está sendo adotado no país inteiro – menos em Curitiba.
As equipes lembram que os testes clínicos da Coronavac, em conjunto com o Instituto Butantã, foram realizados na dependências do próprio Hospital de Clínicas, não havendo razão, agora, para o desnecessário e demorado deslocamento para o distante Parque Barigui.
Um ônibus (foto) se encontra estacionado diante do hospital à espera dos servidores, que se recusam a abandonar seus pacientes.