Paraná: diferença entre discurso e realidade

Esta matéria saiu agora no jornal O Estado de S.Paulo. Ela diz que apenas nove estados brasileiros conseguiram contornar a crise, controlando suas contas e ainda melhorando serviços ao cidadão, a infraestrutura e o ambiente de negócios. O Paraná está entre esses nove estados? Descubra aqui:

Em 2017, apenas 9 Estados melhoram o desempenho

A maioria das unidades da Federação não conseguiu fazer mais com menos durante a crise e obteve notas piores na pesquisa deste ano

José Fucs, O Estado de S.Paulo

Em meio à mais longa e profunda recessão da história recente do País, que só agora dá sinais de ter ficado para trás, realizar uma gestão pública de qualidade tornou-se ainda mais difícil do que de costume. Com a retração da atividade econômica, a arrecadação diminui e os gastos, muitas vezes, até aumentam, puxados pelos custos crescentes da máquina administrativa e o pagamento de benefícios polpudos aos servidores aposentados. Sobra pouco, muito pouco, quando sobra, para realizar os investimentos necessários ao desenvolvimento e à promoção do bem-estar da população.

Nesse cenário desafiador, poucos Estados conseguiram manter as contas sob controle e ainda promover melhorias no atendimento aos cidadãos, na infraestrutura e no ambiente de negócios. Segundo a edição de 2017 do Ranking de Competitividade dos Estados, apenas nove unidades da Federação – Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará, Paraíba, Alagoas, Acre e Rondônia, além do Distrito Federal – tiveram um desempenho melhor que em 2016.

Ué! O Paraná não está na lista? Não é isto que o povo ouve na propaganda e no discurso oficial, nos quais somos apresentados como o ÚNICO estado brasileiro que fez direitinho a “lição de casa”?

O estudo, idealizado e produzido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a Tendências Consultoria Integrada, é o mais completo do gênero no País e avalia anualmente, desde 2011, a performance dos 26 Estados e do Distrito Federal em dez pilares – capital humano, educação, eficiência da máquina pública, infraestrutura, inovação, potencial de mercado, segurança pública, solidez fiscal, sustentabilidade ambiental e sustentabilidade social. Os pilares são compostos por 66 indicadores apurados por instituições de referência, como o IBGE, o Ipea (Instituto de Planejamento de Economia Aplicada, ligado ao Ministério do Planejamento) e a Secretaria do Tesouro Nacional (ler texto sobre critérios da avaliação).

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