Para Bolsonaro, Moro sempre teve propósito político

O presidente Jair Bolsonaro  voltou a criticar o ex-juiz federal e ex-ministro da JUstiça e Segurança Pùblica Sergio Moro, um dos seus possíveis adversários na disputa de 2022. Em entrevista à Jovem Pan nesta segunda-feira (8), o presidente da República afirmou que o ex-ministro, que se filiará ao Podemos nesta quarta-feira (10), sempre teve um propósito político, mas atuava de forma camuflada.  “Você começa a entender um pouco mais as coisas, começa a entender o que eu passei com o ministro Sergio Moro. Ele sempre teve um propósito político, nada contra, mas fazia aquilo de forma camuflada.”, disse o presidente.

Segundo Bolsonaro, o fato de Moro ter deixado a magistratura mostra que ele tinha um “projeto” de atuar na política.“Moro lamentavelmente tinha um interesse político. Como pode uma pessoa abrir mão de 23 anos de magistratura para ser ministro, sabendo que podia ser demitido no dia seguinte e jogar tudo aquilo fora? Ele aos poucos foi se revelando que tinha um projeto.”

Moro abandonou a magistratura no final de 2018 para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro, que teve início em 2019. Ele deixou o cargo em abril do ano passado ao alegar que o presidente tentou interferir no comando da Polícia Federal.

Em depoimento à Polícia Federal (PF)  na semana passada, Bolsonaro afirmou que pediu a Moro a troca do então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, em razão da falta de interlocução que havia entre o presidente da República e o diretor da Polícia Federal. Na entrevista, ele repetiu a declaração.  “Ele tinha sim intenção de ir para o Supremo, no primeiro momento eu achei justa a intenção dele e depois passei a conhecê-lo um pouquinho melhor. Daí o que eu queria na PF? Não era interferir nada, era interlocução.”

Bolsonaro ainda disse que está pronto para o debate com o ex-ministro, caso ele participe da corrida presidencial. “Ele tinha um prestígio muito grande, fez um trabalho bom na Lava Jato, ajudou a redirecionar o futuro do Brasil. Mas o propósito político começa a se revelar agora, ser candidato é um direito dele. Estamos aí para o debate, se viermos a ser candidatos a gente vai trocar ideias, ir para o debate, sem problema nenhum”, completou. (De O Antagonista).

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