Palocci: PT escolheu o pragmatismo

(por Ruth Bolognese) – No depoimento que fez ao delegado da Polícia Federal, Filipe Hille Pace, como delator premiado, e divulgada em primeira mão por esse Contraponto, o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci disse que desde o primeiro governo Lula o PT ficou dividido em dois grandes grupos, que chamou de Programáticos e Pragmáticos.

Da linha dos Programáticos, comandados por ele, faziam parte Miro Teixeira, Luiz Gushiken (já falecido) e José Genuíno, e seu objetivo era realizar as grandes reformas estruturais – Constitucional, Previdência, Tributária e Judiciária – demandadas pela sociedade brasileira e pelos grandes partidos.

Na linha dos Pragmáticos, comandados por José Dirceu, Marco Aurélio Garcia (já falecido) e Dilma Rousseff, o objetivo era fazer alianças com pequenos partidos para a governabilidade e consolidar o antagonismo entre o PT e o PSDB.

Palocci afirmou que essa divisão permeou os quatro governos do PT, mas o Pragmatismo acabou prevalecendo. Segundo ele, o ex-presidente Lula nunca tomou partido de nenhuma das duas correntes. Era um mediador que pregava a união dos dois grupos e permaneceu, ao final do governo Dilma, ao lado dos pragmáticos.

O ex-ministro afirmou que os grupos não eram divididos entre honestos e desonestos, mas sim que a desonestidade permeou todas as lideranças do PT.

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